domingo, 27 de junho de 2010

"O planeta está doente. Como se tivesse febre." - M.J.
E agora eu me sinto a pior pessoa do mundo, mas o que há? Verdade seja dita. E isso passará.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Chuva, eu peço que caia devagar.


E de repente – muito mais que de repente – a barragem da represa não suportou a força da chuva e a água invadiu uma cidade. Daí invadiu outra vizinha e neste instante, o meu estado, o nosso estado de Alagoas tem 21 cidades atingidas, a grande maioria (cerca de 15) em estado de emergência e as demais em estado de calamidade pública.


Foram quase 12 mil casas destruídas, quase 30 mil desabrigados, 34 mortes (subindo) confirmadas e cerca de 607(descendo) pessoas desaparecidas. Parece pouco?


Vamos lá, juntando as casas destruídas em Alagoas e Pernambuco dá uma média de 50 mil casas aos pedaços. Em PE foram 49 cidades atingidas, 12 mortes (oito delas em Recife) e são quase 15 mil desabrigados.


Esses dias o presidente da federativa do Brasil Luiz Inácio veio fazer uma visitinha ao estado, disse que a única coisa que havia visto parecido com isso tudo foi o que ele viu em sua viagem ao Haiti logo após aquela tragédia. Grande merda.


Coloca na manchete que a chuva destruiu tudo... a barragem da represa destruiu tudo! Antes de construir uma, tem que saber se ela não vai ceder quando houver uma tempestade, por isso que existem os chamados “projetos”.


Enfim, o estado até passou no jornal nacional, claro que Quebrangulo foi lembrada apenas como “a cidade em que o escritor Graciliano Ramos nasceu”. Sim, logo Graciliano Ramos. Aquele que até colocaram seu nome em um bairro, aquele que dizia “Alagoas é um ótimo lugar para cavar um buraco”. Era isso o que o romancista dizia a respeito do estado. Era esse o respeito.


Então,- se apesar de ter terminado o colegial em Alagoas e depois ido para o RJ e somente lá ter descoberto a faminha safada – se nem os alagoanos se dão o devido valor, a nossa querida Globo não o fará.


Portanto, alguns 20 segundinhos de tragédia pela tevê já é o suficiente, “vamos falar de futebol”. E assim o fizeram.


O que eu estou querendo dizer? Estou querendo dizer que não adianta ficar esperando pelos outros, NÃO ADIANTA ficar dependente de quem tem mais, ficar esperando pela Globo e esperar estampar as fotos nos jornais! É nessa hora que esse povo precisa dar as mãos e ajudar uns aos outros, senão o estado tende a ficar cada vez mais aos pedaços. Até virar pó, uma cidade abandonada do The Gladiator.


domingo, 20 de junho de 2010

Foi-se o tempo do Garrincha, o tempo do Pelé. Este que parou de jogar por causa da idade e o outro por causa de cachaça e de mulher.
Eis o futebol brasileiro, amigo. Antes era pela garra, pela honra, pela camisa, que pesava mais que o coração. E hoje, hahaha, hoje é pelo dinheiro, pelo dólar, para aparecer na televisão.