segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Ah, mas a grande verdade é que sonho contigo a noite inteira, todas as noites. Vezes acordo sorrindo, noutras acordo chorando. O problema é esse, sempre acordo. Acordo para olhar para o lado e embrulhar o estômago com o vazio, e encher de vazio o coração antes de dormir sem você no lugar que deveria estar.
 Deve haver alguma forma de esquecer um passado lindo e que de tão lindo mói um coração, mas a grande verdade de agora é que eu não quero saber de forma alguma. E ainda que soubesse, que me dissessem, me ensinassem sem minha permissão, seria falha, seria inútil.
 Sua risada ecoando não me deixa dormir uma noite sequer em plena paz, suas fotos nos porta retratos, seu cheirinho no casaco guardado, quando alguém passa na rua usando o perfume que é só SEU, nada disso me deixa em paz. As músicas, os passarinhos, o feixe de luz que entra pela janela do quarto que eu acordava pela manhã para fechar, o feixe que iluminava um pedacinho lindo do seu rosto que dormia como um anjo.
 Um anjo que me abandonou. Anjos abandonam? Sinto muito a sua falta, sinto mais a sua falta que qualquer vontade de viver. Sinto tanto que sinto muito por mim.
 Se for verdade que só se ama uma vez na vida, minha vida encerra por aqui.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

 Eu queria traduzir, decifrar você. Da pior forma eu descubro que seu conceito é inatingível e essa saudade não vai passar.

sábado, 2 de novembro de 2013

 Apanho, choro e dou o outro lado.
  E no dia de finados eu penso em quem não morreu. Em quem foi embora e nunca mais será meu.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

 Como posso sonhar com você todos os dias? O dia inteiro? Até acordada?

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Painho tinha bebido naquela noite. 

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

  E partir do pressuposto que as coisas acontecem quando devem acontecer e que quando não devem, tudo conspirará para que não aconteça. Sei. O tempo inteiro temos oportunidades únicas fracionadas em segundos para fazer algo para mudar algo em favor ou contra algo. Sempre teremos algo para nos impulsionar, nos colocar para trás, vomitar na nossa roupa nova ou abrir alas. Quem, o que permitiremos?    Será mesmo justo deixar tanto desejo e vontade e saudade e querer, passar adiante por causa de uma filosofia que você nem sabe se é correta? E se você sentar e cruzar os braços e isso for errado?
   O que tiver que ser, será. O que não, não. Mas não é por isso que vamos colocar um filme tosco com uma pipoca sem sal e deixar o mundo decidir. E se o "será" for "faça alguma coisa, pelo amor de deus!" ?
  Sempre faço algo, sempre faça algo. Mesmo quando se perde, se sabe que tentou até o último segundo fragmentado do relógio que não pára. 
   Algumas pessoas perdem o amor da vida por besteira, por orgulho. Perdi o meu. Confesso com dor e pulso firme, mas perdi porque não era para ser, mas tentei. Tentei até o último segundo, até deixá-lo em migalhas, em pó, sem forças para continuar. Mas por mais que você tente o tempo nunca vai parar, e ele não parou. O segundo fragmentado se transformou em outro e meu tempo passou.




   Passou mesmo? Para sempre? Será?.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

   De algum ângulo a vida de um terceiro se torna mais interessante, mais atraente, mais empolgante. De algum ângulo torto, de alguma esquina, de alguma rua e viela que ninguém passa, de alguma transversal, do pico de algum lugar, do topo de alguma montanha e da sutileza de algum malícia falar da vida alheia parece ser mais interessante, mais atraente, mais empolgante.

   Preencher sua alma vazia com as almas vazias e as vidas vazias das outras pessoas não faz o oco doer menos, não faz o oco doer mais. Cutuca o oco, provoca o oco, faz o oco doer. O oco que deveria não haver, dói. Dói na intensidade do seu passado, ainda dói como antes. Um oco escroto que ainda sente dor.

   Então, irmão, pegar seu pedregulho safado e jogar na roda não é a melhor opção. Pegar seu pedregulho safado, dilacerado, em pedaços, cheio de dor e mágoas e jogá-lo nas mãos de quem lhe quer bem, não é honesto, não é justo. Pegue de volta essa porcaria!

  Junte os frangalhos dessa merda e peça uma dose. Coloque tudo para dentro cada um na sua forma e tente mais uma vez seguir em frente. A vida é desse tipo, dê o outro lado e siga em frente. Se nada der certo beba mais uma dose, e outra, e outra. Beba até acreditar que será a dose certa para o agressor te digerir e se aceite no final, se aceite no final, se deguste no final que o próximo capítulo só quem sabe é Deus.





sábado, 24 de agosto de 2013

   De repente chove sentimentos e encharca a sua roupa, o problema é que ninguém precisa te dizer, você SABE que amanhã pela manhã tudo terá secado.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013


   De repente nada.
   A presença se tornou essencial, não havia mais como esconder, não era segredo para mais ninguém. De repente toda a rotina, toda a vida, os fins de semana, as festas, tudo mudou de rumo, tudo foi desajustado, desalinhado. Como trem que de repente sai do trilho, perde a direção e vai, simplesmente vai.
  Estava indo. Com uma fé no coração que não cabia no corpo inteiro, as mãos suando esperanças e os lábios sorrindo o risco, a tentativa pela milésima vez. Será que é agora? Será que é dessa vez?
   Estava indo e foi, só não se sabe para onde, nem quando vai chegar, nem se vai chegar, mas foi.

sábado, 17 de agosto de 2013

  O velho amigo dizia que eles precisavam se conhecer, não sabia o motivo, só sabia que precisavam. Falava de um para o outro como se já se conhecessem, mas não.
   Ela era uma mulher e ele um garotão. Eduardo e Mônica, já ouviu falar? Foi bem assim, vão ter que encarar.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

  De todos os dias que foram, que vêm. Das palavra ditas, ouvidas, pensadas. De todas as coisas e pessoas do mundo, é difícil acostumar com a ausência. Foram tantas poesias que pareciam ditas em vão, um segundo implorando por qualquer atenção. Os erros cometidos e que não tiveram perdão, por quê?
  A vida deveria ser bem menos medíocre do que realmente é, a vida é linda, Jão, a vida é linda, mas não cabe na palma da mão.
  Justificar o passado em uma bolha de sabão que estourou sem deixar perfume, sem deixar cor, sem deixar nada. Foi embora do mesmo jeito que chegou, sem avisar nada.
  E ter gente que acha que sabe mais da gente que a gente sabe, não sabe. Deduzir que o melhor não é tão melhor assim. O horizonte riscado pela ponta da caneta que escreveu o poema, sem rimas, sem remetente.
  Não querer mais saber do que dói mais, só suprir a dor que não cura pela confusão da mente e achar que a vida dá voltas, que tudo vai dar certo, que o bom da vida está por vir e não chegar. Nunca chega.












terça-feira, 6 de agosto de 2013

   Trocar a saudade por uma caneca de café e quanto mais amargar o paladar, mais uma colher de açúcar, por favor. Quanto mais o café esfriar, mais uma colher de açúcar, por favor. Quanto mais o café acabar, mais uma colher de açúcar, por favor. Algo nessa vida tem que ficar doce, que seja o café. E antes que o sangue fique doce demais, que o pâncreas morra e a Diabetes lhe abrace, o esqueça. Por favor.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

   E passar a vida inteira tentando esquecer um passado e chegar o momento em que se PARE de esperar por aquilo que não vai chegar NUNCA. 

quinta-feira, 25 de julho de 2013

  Como abrir um caderno em branco com uma caneta na mão. A ponta da caneta enlouquecida querendo sambar naquela avenida branca com linhas azuis e a avenida limpinha, enlouquecida para ser usada como palco da arte.
  A mão que segura a caneta titubeia, a caneta se nega. A mão espera, a caneta compreende, a avenida se lamenta e chora, mas espera pacientemente. O fato, meu amor, é que não quero mais gastar minha poesia com você.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

   Difícil encarar com uma cara só. Porém, mais difícil ainda encarar com várias delas, como você.

sábado, 15 de junho de 2013



  • Aí você conhece o cara e acha o cara lindo. Repara que o sorriso do cara também é lindo. Que os óculos do cara se encaixam com uma perfeita simetria no rosto lindo do cara lindo e que agora tem óculos lindos. Ele ouve música no fone e te dá um para você ouvir também, até as músicas que o cara lindo ouve são lindas. 
    Então o cara lindo te faz sorrir, e ele ri de tudo o que você diz ou faz. 
    Sendo que a festa acabou, o povo sumiu e o cara faz parte do povo. Volta para casa, sem se importar, mas no outro dia de manhã seus amigos querem comprar uma cerveja no bar do velhinho do outro lado, aí você vai. Aí o cara lindo está lá, com olhos lindos refletindo a luz do sol. Os dois riem, você senta, mas em breve você vai embora.
    Passam semanas, você lembra dele às vezes, mas esquece tão rápido que nem lembra que esqueceu. 
    E quando você nem lembra que lembrava dele, você o encontra novamente. Ele entende suas viagens longas, ele acompanha seus pensamentos e chega a lugares que nem você sabia que poderia chegar. Ele te entende, NINGUÉM entenderia, mas ele entende.
    - Já pensou se tivesse uma passagem secreta na vida? Tipo, você ir daqui...
    - SERÁ que essa passagem secreta seria mais segura?
    QUALQUER UM diria 'cala a boca, sua maluca! me diz uma coisa dessas do nada!" O cara lindo não. O cara lindo com óculos lindos e sorriso lindo e tudo lindo tem tatuagens lindas e fala coisas lindas - meio malucas algumas vezes, mas lindas.
    "Só deus pode me julgar", tatuado em português E em inglÊs, para garantir. 
    Sendo que você olha para um lado, olha para o outro, olha para o que já viu nessa vida escrota e aí você não se importa com o cara. Acha que é só um maluco pior que você pelo simples fato de entender você tão bem, não poderia haver alguém assim. Aí você encontra, e deve haver mil outros, mas foi ele naquele dia.
    No dia que vocÊ nem lembrava que lembrou! Você encontra o cara de novo! DE NOVO! No dia dos namorados, quando o seu eterno namorado namora outra pessoa, e você sente um sentimento gelado consumir tudo dentro de você. Consome tanto, tanto, que depois de um tempo você diz:
    - Não consigo caber em mim
    - VocÊ tem disso, está sempre ansiosa
    - Eu-não-caibo-em-mim, hahaha! Que estranho
    Ele NEM pergunta por que, mulher, ele ou não está nem aí ou ele já sabe. O cara bonito fala pouco, sorri muito, percebe tudo. 
    O cara usando Polo com calça jeans olha para você e pergunta "Você lembra que você me disse que algumas vezes as pessoas parecem bonequinhos?" 
  • Você responde que lembra... Claro que você lembra de cada palavra que você disse a ele, ele que não deveria lembrar, mas também lembra. Lembra e depois de um tempo ele diz que você é diferente das outras. Ele diz assim, gratuitamente, de repente, sem te preparar. E você fica pensando 'Diferente como?', então você pergunta 'Diferente como?' e o cara bonito diz que você é diferente por ser diferente de todas as pessoas do mundo.
    VABÊI! O cara bonito disse a coisa mais bonita que alguém poderia ouvir quando está sendo consumida pelo sentimento gelado para lisando seus órgãos. Pena que o cara bonito caga e anda para você porque ele é bonito demais, ele é lindo demais e você o estuda tanto, cada movimento, cara palavrinha, que parece até que você já sabe com quem está se metendo. Você capta a sintonia, a energia, tudo muito positivo, mas você sabe, simplesmente sabe. 
    Independente, você continua sem caber em você e ele vê que não cabe. Ele ri e diz:
    - Relaxe.
    - Já sentiu que vai esborrar?
    - hehehe relaxe.
    Então ele te olha e canta
    - Costas quentes, dentes acesos...
    VocÊ completa porque é uma música que você ama
    - Olhos de espelho, cabeça de leão...
    Ele chega bem perto, bem perto e diz "Chico." sorri, se afasta, dança com os dedos, termina a canção. Você responde "Science", mas finalmente não sabe de qual Chico ele estava falando.
    Será que ele sabe por que você não cabia em si? Será que era só uma canção, uma simples canção? Ele ama a sua bandinha preferida, mas será que foi só uma coincidência?
    Seja lá como for, você encontra o cara bonito nas redes sociais e vai sabendo um pouquinho mais sobre ele...E você estava certa quando simplesmente... "sabia".

quarta-feira, 12 de junho de 2013

   Um dia como hoje, um momento como esse, um coração como o meu, um sorriso como o seu. Só falta você.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

  "O MUNDO É REDONDO, E O LUGAR QUE PARECE O FIM PODE SER O COMEÇO.''
  Ou o fim mesmo, depende. Pode ser o meio, o vácuo, o você decide. Pode ser também o alto, o topo, o máximo, o raso ou o fundo. Pode ser o fundo, mas aí de repente pode ser a beiradinha, a parede que apóia o relógio e passa o dia inteiro vendo o tempo inteiro do dia passar. O mundo é redondo e não tem esquinas, por isso eu sei que nas 'esquinas na vida', a gente não vai mais se encontrar. õ/

segunda-feira, 3 de junho de 2013

''A vida é só um  d e t a l h e .''

Você é só um     d e t a l h e .
Mero                 d e t a l h e .

A vida é só um detalhe.
                            Você é só um detalhe.
VOCÊ é só um detalhe.
O caminho é feito de d e t a l h e s .
Feito de você? De vida?
Ha Ha  H a ...  
Melhor outros detalhes.
A vida é só um retalho.
Você é só um retalho.
De um pano de guardar confetes.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

''E o meu coração apertado, sem conseguir explicar
O tempo foi encaixando tudo
Os pertences dele sempre no mesmo lugar
O velho chinelo abandonado respondem
Ele não vai voltar...''
"Chamei uns de irmão, quando nós era sócio. Pensei ter feito amigos, e tava fazendo negócios."

sexta-feira, 17 de maio de 2013

  Ficar escravo das lembranças não permite evoluir. Se não pode esquecer, coloque algo em cima, cubra, camufle, pegue o maior cobertor que tiver e envolva com várias voltas. Várias voltas, como essas que a vida dá. E então quando estiver bem preso e apertar bastante até machucar, você pode soltar. Aí já será noite, você estará deitado, tentando dormir. Vai chorar um pouco, molhar o travesseiro, cansar dessa rotina e pedir a Deus que lhe devolva o que a vida lhe roubou. Ele não vai te devolver, ele vai ignorar o teu pedido e o motivo só ele sabe. Então você vai ficar puto, chorar mais, se angustiar, perceber que nada disso adianta, enlouquecer por uns instantes e finalmente dormir. Vai acordar enrolado no mesmo cobertor, aquecido pelo pano que prendeu seu passado para te libertar por algumas horas, finalmente te deixar em paz. Então você vai pegar o mesmo pano, fazer o mesmo processo, repetir cada etapa e vai ser assim até que o pano não seja mais necessário, até que as lembranças sejam tão apertadas que sumam. Até lá você vai ter que repetir tudo isso todos os dias, vivendo desesperadamente um dia de cada vez.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

   São mil flashs de memórias lindas, querendo você de volta. O resto do dia é tentando me convencer de que foi melhor assim... E foi.

terça-feira, 14 de maio de 2013

   Não sei como chegar e dizer que eu não quero mais saber das sensações que ela tem. Não está nada bem e se as coisas tendem a piorar eu prefiro não saber. E se elas tendem a melhorar eu preciso pagar para ver. Não me diga. NÃO ME DIGA! Eu não quero criar esperanças sem fim e sem futuro algum, sem fundamento algum. Eu sei o que ela quis dizer, eu entendi perfeitamente o que ela quis dizer, só não quero mais que diga. Não quero mais saber, nem guardar para mim cada palavra dita como se fosse um alvará.

   Quero que as coisas tomem um rumo positivo, um rumo certo, um equilíbrio com a paz e a tranquilidade. Cansei, honestamente, desse caos sem fim.
   A vontade é de dormir por uma eternidade para não ter que pensar, que deduzir, que achar, que procurar saber quando já sabe. O fato é que ninguém era capaz de tirar do eixo, veio a vida e arrancou do lugar. Seu lugar está vazio aqui ao lado, por quê? Tem seu cheiro nas almofadas, seu cabelo no pente, seus sorrisos estão espalhados pelas minhas paredes. Espalhados de uma maneira que quando se abre a porta do quarto eu consigo senti-lo tocar meu rosto, balançar meu cabelo.

  Quem foi que deixou você partir? Você precisava de uma autorização para tudo, então quem foi que te deu essa? Você passou a vida sendo dependente e de repente aprende a andar com as próprias pernas e vai embora? Tem mesmo que ser assim? Eu criei uma cobra que agora me dá o bote? Que quer me engolir?

  Por que existem dias que eu acho que não vou conseguir? Por que você não está aqui? Seu jantar está posto à mesa e você ainda não se aproximou. Seu cobertor preferido saiu da lavanderia e você não se enrolou. Volta para mim.
  Quando você nota que tem gente que se apaixona por TÃO pouco, você deve sempre se perguntar. O que é pouco para você?

segunda-feira, 13 de maio de 2013

domingo, 12 de maio de 2013

Todas as dores, os obstáculos, as travessuras da vida, as pessoas que foram sem deixar vestígios, os amigos que foram e deixaram saudades. As notas baixas, Dengue, alergia a tudo, 150 de ferro, as cólicas, as dores mais uma vez. Os assaltos, o perigo, os "não" na cara, as expectativas derrotadas, as esperanças abaladas, as tentativas frustradas, os concursos que nunca passei, o neto que nunca dei, os risos que até roubei. Tudo isso e tantos outros fizeram de mim quem sou hoje, mas é graças à ela que fui capaz de superar. Cada tropeço, cada queda, cada cara rachada e coração dilacerado, maltratado e espatifado no chão! Se não fosse por ela, pela criação dada por ela, o pulso firme, o pai, a mãe, a rainha. Se não fosse por ELA eu não teria sido capaz. Obrigada pela força, pela garra, pelo apoio. Obrigada por ter me ensinado a ser quem eu realmente sou. Eu te amo, minha Miss Mag. Feliz dia das mães! 

sexta-feira, 10 de maio de 2013


É um poema de Jorge de Lima, chamado "As duas meninas de tranças pretas", ele diz assim:


Eram duas meninas de tranças pretas
Veio uma febre levou as duas.
Foram as duas para o cemitério:
Ambas ficaram na mesma cova.
Por sobre as pedras da sepultura
Brotou bonina, brotou bonina,
Nasceram plantas, nasceram mais plantas:
Flores do mato, canas da várzea:
A sepultura virou canteiro.
Aves vieram cantar nas plantas, levaram sementes por sobre o mar.
Os peixes levaram essas sementes
Até as Ilhas do Karakantá.
Ali brotaram flores estranhas
Donde vieram flores tão raras?
Ah! Só o poeta saberá.
E então sonhou com as duas meninas:
Que ambas dormiam na mesma cova,
Que flores nasceram na sepultura,
Que a sepultura virou canteiro,
Que peixes levaram sementes das flores
Para aquelas ilhas do Karakantá.
O sonho do poeta o vento levou,
Levou para um astro desconhecido.
E aí chegando tornou-se um mar:
A água do mar virou arco-íris.
Então uma deusa pegou o arco-íris
E fez um pente para se pentear.
E tanto se penteou a deusa do astro
Que deu a luz a duas meninas
Sabeis quem são as duas meninas?
As duas meninas mais belas que há?
Ah! Só o poeta saberá.




Bonina:

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Hoje o dia é MEU! Diferente ontem, mas igual a amanhã.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

 Que a naturalidade não se aflore de maneira negativa e afaste demais quem só precisava de um tempo e um espaço para si. Que vá, mas venha. Que chegue antes que o esperado e ainda assim faça alguém feliz. Quando aprenderão que a felicidade está nas coisas pequenas? No café no ponto, na hora certa, na cor preferida? Quando aprenderão que alguns defeitos são perfeitos, são efeitos.

sábado, 4 de maio de 2013

   Passei a noite inteira me perguntando o por que de você não estar ali, tão ali comigo. Achei a resposta e ignorei.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

    Passaria a noite inteira ouvindo tudo o que você tem a me dizer, mesmo que nada, mesmo que o silêncio, o som do seu espirro. Posso ouvir.
Olhar seus olhos me olharem e vidrarem os meus, como ximbras paradas no canteiro de barro, que ninguém acerta.
  Deixa essa saideira para depois, deixa para depois. Fica aqui, espera aqui. Não tenha medo de me iludir, vai ser divertido.
 E eu pensando que você tinha me descoberto, mas ainda não sabe nada. Quer saber? Fica por aqui, não me perde vista.

terça-feira, 30 de abril de 2013



   Algumas vezes eu preciso tanto que nem preciso mais.
  Cada dia que passa eu vejo que quando se fala em circo, é sobre mim. Quando se fala em amor, é sobre você.





    Ou não.

domingo, 28 de abril de 2013

  Eu queria não querer saber de você. Mas eu quero e eu sei.

sexta-feira, 26 de abril de 2013



   Será que é demais?
   Parece que vai se sufocar na euforia. S U F O C A R ! 
Respira, respira, um gole de sei lá o quê. Esperando cumprir as promessas da noite, que a própria noite prometeu um dia. Apareça, lua! Apareça porque hoje eu quero que você veja esse sorriso!
   E U F O R I A, parece que não cabe dentro de si mesma"
Respira, respira, um trago de você sabe o quê! Ansiosa para a hora chegar e torcendo para que demore a passar. 
   Não dá para entender como acontece tanta coisa em tão pouco tempo.
A vida é linda, é que ela chora às vezes, mas ela é linda, ela é linda. 
  Eu também choro às vezes, mas eu cultivei a fé e as travessuras da vida não vão arrancar minha esperança.
   Euforia, euforia, ansiedade, vem logo, euforia. Você deve ser a surpresa boa que eu pedi a Deus.
E quem sobreviver a isso, sobreviverá ao mundo.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

   O problema é que a noite chora e não se pode rir, não se pode ir. Quem vai escolher ficar? Entrelaçar as mãos na noite grande engolindo a solidão e matando a fome da saudade? Querer tudo e querer tudo agora, essa é a lei. Fazer por onde, mover as cercas, tirar os obstáculos do lugar e abrir passagem para algo novo. Dá uma oportunidade? Dá a mão? Um beijo? Seu coração inteiro...

   Devaneios não me assustam, posso fazer parte dos mesmos sonhos. Pode ser?
E as estruturas fragilizadas se fortificam com um riso sem graça, o que fazer?
Vou contar uma história, criar uma história, guardar você. Vem aqui, vem me ver, pode ser que seja eu. E se for?

  A solução é que enquanto a noite chora eu canto, canto porque cantar tristeza alheia dói mais. E quando dói mais cativa a resistência, a força. Eu quero ouvir suas músicas tristes e te fazer feliz desde então. Deixa ser?

  Vamos abrir um vinho e trocar segredos, abrir um livro e trocar poesias. Trocar... prosas... poesias... Você é um encanto celeste. Uma poesia em perfeita harmonia com meu... coração. :)
"Não existe amor...'' Entre eu e você.

quarta-feira, 24 de abril de 2013




  Reclama tanto da vida, tanto! Porque nunca reparou no riso da garotinha correndo atrás do balão que se perde no ar.
   Quando se compra um livro, há a esperança de aprender com ele. De deitar com ele até que a história acabe. Esperança de ler um verso e completá-lo mentalmente e pensar em seguida: Como o autor não pensou nisso? Ele tem as razões fáticas dele, cada um tem a sua.

   Quando se colhe uma rosa a intenção é que ela perfume as mãos. Que lhe fure com um espinho, mas que sua beleza não permita isso ser relevante. A esperança é que ela não perca a beleza enquanto for sua, pétala por pétala, espinho por espinho.

   Quando se assiste um filme, quer rir, quer chorar, quer sentir medo, saudade, vontade de mudar a vida depois do que se vê. Quer mudar o cabelo, comprar roupas novas, carregar filosofia e poesia por onde passar.

   Quem quiser que diga  que não precisa fazer as coisas esperando algo em troca, mas as razões fáticas lá do escritor estão refletindo agora, porque é um fato mundial. Ama-se sem esperar em troca quando o amor é incondicional, mas pode-se apostar que há a esperança de um retorno. Por mais que diga que não, que diga que nem precisa! Se tivesse a opção, essa seria o retorno do amor que se dá "sem nada em troca". Há sempre a troca de interesses.

   É difícil engolir um "tanto faz" quando o que mais se quer é o "com certeza".

terça-feira, 23 de abril de 2013

Pode ser só mais um, mas não seja.
Pode me abraçar sem dizer nada, eu vou te entender.
Pode chegar de surpresa, me trazer riso em domicílio.
Pode deixar o cigarro no cinzeiro e me beijar, se quiser.
Pode ser mais uma noite de chuva com você por aqui!
   Pode chegar e tirar tudo do lugar, arrumar da sua maneira. Sinto falta de uma segunda opinião.
A irmã que a vida presenteou, sempre restamos somente nós duas no final.
Um dia começa com chuva, o dia seguinte começa com sol e acaba você e eu. Pode ser?

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Quero tudo de novo, porém dessa vez eu quero mais! Eu quero ouvir um pouco mais das suas músicas, olhar mais para os seus olhos e sentir menos vergonha do acaso. Ir sem destino para o seu passado e querer te abraçar na beira do teu mar, pedir licença ao segurança e dizer a ele que ele querendo ou não, tudo aquilo é seu.
Um vinho mais docinho dessa vez porque aquele travava até o juízo, prometo não falar dos gatos.
Vamos viajar?
Vamos montar uma banda?
Vamos ao cinema?
Vamos para um bar?
Para onde eu quero ir?
Para onde você me levar...
  Nada como mandar uma mensagem certa para o número errado e dizer o que nunca teria coragem de dizer. Porque Deus fez minha mãe assim, e minha mãe me fez assim! Tendo coragem de TUDO, até sem querer!

sábado, 13 de abril de 2013

Às vezes a gente perde o chão, o equilíbrio, o amor próprio. Acha que não tem NINGUÉM pela gente. Porém quando o fundo do poço vai chegando, vem alguém e te dá a mão. Nem tudo está perdido.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Apesar de todo esse tamanho, a vontade que eu tenho é tirar você daí e colocar aqui no coração.

Esquecer a porta da geladeira aberta, o processo embaixo da mesa, o caminho certo para a faculdade. Talvez esquecer as chaves no banheiro, o celular sobre a cama, o nome completo da sua irmã mais nova. O aniversário do vizinho, o horário do remédio, a panela no fogo. Pode esquecer de escovar os dentes, de ir ao cinema, de fazer um trabalho importante, só não dá para esquecer de você.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

  Porque quando a espera é longa, cansa. Quando se sobe demais, pode cair. E de quanto mais alto se cai, mais machuca.
  Porque ninguém chega pedindo por amor sem antes dar motivos para isso, porque ninguém pede, ninguém compra, ninguém encomenda a porra do amor. Ele vem. Da casa da peste, ninguém sabe de onde, ele vem.
  Ele vem quando você nem percebe, no meio de uma conversa, no tique nervoso, no chute torto, no filme preferido, na palavra inventada nem se sabe por quem.
  Porque não custa nada tratar bem, não custa nada não amar, mas também não roubar encantos.
  Não roube os encantos, eles criam poesias.
  Porque limpar demais, suja. Maquiar demais tira a beleza, não traz, não deixa, não guarda. Ela sai na água.
  Não custa nada retribuir com o que pode, de bom. Todo mundo tem algo bom, por que não?
  Porque ninguém quer saber para onde vai, quer saber se vem. Se vai chegar, se vai demorar, se perdeu a hora, se lembrou, se não esqueceu.
  Ninguém troca o certo pelo duvidoso quando não tem esperança, quando não acha que vai dar certo.
  Porque arrisca, há risco, há risco nas paredes, no espelho, no caderno. Sem tinta. Há risco, arrisco. Há risco sem tinta.
 Porque é preciso interpretar olhares, pegadas, atitudes e quando complica demais nem sempre se quer desvendar. Não que prefira o fácil e sim que prefira o que há retorno.
  Porque perder o sono não dá mais cansaço. Porque pensar demais no mesmo não fadiga, não enche, é bom, faz bem.
 Sem doce, sem temperamento frágil. Por favor, uma dose de decisão com caráter. Um brinde ao pedido anterior, anterior de agora e de muito tempo atrás, em nome da l i b e r d a d e .

segunda-feira, 18 de março de 2013

domingo, 17 de março de 2013

De repente você se sente culpada por ter feito a coisa certa?a

sábado, 16 de março de 2013

Podem me tirar o que eu tenho, mas não podem me tirar o que eu sou.

quarta-feira, 13 de março de 2013

  Ano passado entrou um menino na minha sala que é a coisa mais bonita de se ver. Ele tem os olhos mais brilhantes e a barba por fazer mais formosa que eu já vi em toda, eu disse t o d  a a porrada  minha vida.
  Então eu esperei até o fim da chamada para descobrir o nome dele, sendo que eu esqueci a porra do nome dele. Lembrava só do "Fulanodetal".
  O ano acabou e não trocamos uma palavra sequer, ele nunca me via. Eu poderia sambar no birô que ele não ia reparar em mim.
  Oh, Fulanodetal, tenho algo a lhe dizer, se você soubesse como esperei o tempo todo por você.
  Nas voltas que a vida dá, o cara de camisa xadrez e que sempre esquecia o caderno é ex marido da minha amiga. Claro. Ex marido de uma amiga. Aí enfim, o fim.
  Ano novo, vida nova, turma antiga. Achei que ele não fosse mais voltar.
 Em pleno mês de março os olhinhos brilhantes clareiam a sala de aula, tentei puxar conversa, mas é um rei de poucas palavras.
  - Cadê seu caderno?
  - É, não trouxe...
  - Ah...
Fim. 
  Sendo que hoje ele tirou a barba!
 - Cadê sua barba?
 - Eu falhei aí tive que tirar tudo, não gosto de ficar sem barba.
Ele pode ter dito um livro ali na minha frente que tudo o que eu me lembro depois disso é de tentar me desafogar dos olhos dele. Coisa linda.
 - Erm, a aula ainda não começou, quer ficar ali conosco?
 - É melhor subir...
 - Opa, ok, então. Até já já!
O intervalo durou uma eternidade até a hora de vê-lo novamente.
Quando a aula acabou aquela voz suave falou:
 - Ei, me empresta o seu caderno?
Mostrei uma folha que tinha em mãos e disse:
 - Iiihhhh, eu não trouxe!
Então ele sorriu - com o sorriso lindo - dizendo:
 - Só queria saber seu nome, na verdade.
Morri mil vezes em dois segundos e disse:
 - Juciana. Juci. Poderia ter esperado a chamada. Hahaha
Quase completava: Como eu fiz um dia!



Nota de rodapé: No fim se transformou em ilusão. Beijos.
  

segunda-feira, 11 de março de 2013


  Contei cada percurso premeditado, não, não, cada passo, cada esquina que entrei e saí na rua errada. Cada café que derramei sem querer na camisa branca da reunião. Contei tudo o que vi, o que não vi e o que gostaria de ter visto. Sobre o côco vazio, sobre a areia mais fina que a do campo anterior.
  Contei até sobre a troca do calçado, o tropeço sem queda, a música sem fim, o sono eterno e o coração abarrotado. Foi sem querer, mas contei sobre o coração abarrotado. Como uma baby doll usado por um doente de cama, como uma camisa sem botão, como um sapato sem cadarço.
  Contei cada detalhe que aconteceu. Contei cada minuto do meu dia, cada dia da minha vida, cada vida que queria ter só para chamar sua atenção.
  Falei do filme sem final, da pipoca sem sal, do chocolate derretido lambuzando a geladeira.
  Eu falei do céu, falei do mar, falei do semáforo, da escada, do elevador que não chegava, do celular fora de área. Falei de mim, falei de você, falei de nós dois. Eu falei de nós dois e você nem completou a história.
  Mudei o mundo para chamar a sua atenção e não deu, dessa vez não deu. 
   Espero não lembrar de você antes de dormir, eu perco o sono.

domingo, 3 de março de 2013


  O foda é que todo mundo agora acha que é poeta, acha que sabe fazer música, acha que sabe cantar, acha que é artista. Embora a arte seja algo relativo, uma merda será sempre uma merda. 

sexta-feira, 1 de março de 2013

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Eu tive medo. Você me chamou para sair e eu tive medo. Não um medo propriamente dito, mas um receio. Para onde iríamos? O que iríamos fazer? Eu tive medo de gostar de sair com você.
Talvez esse tenha sido o certo, talvez algo desse errado depois. Mas eu queria ir, queria que você me levasse para qualquer canto, queria ouvir você tocar violão. Eu queria isso há muito tempo e quando finalmente você me chamou para sair, eu não fui! Eu não fui!! Dei uma desculpa qualquer, menti um pouco, mas eu não queria. Acabei sem ir, mesmo querendo. Estou aqui lamentando o que era para ser e não foi porque agora eu inventei de raciocinar antes de ter uma atitude qualquer. Chama de novo.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

''Mire na lua para pelo menos acertar a luz do poste.''

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

  Esquisito como algumas vezes se ouve a voz e imagina toda a cena. Imagina a roupa que veste, até onde vai o sorriso que ouve, quantas árvores do outro lado e quantos carros azuis acabaram de passar. Então lê uma poesia e todas as casas são castelos, todas as pessoas são alimentadas e sorriem com o vento.
  Ouve-se uma canção e sente a dança dos acordes e cria a dança dos acordes, imagina o figurino, o sapato com pouco salto. Acorda os acordes e pinta a cor dos acordes.
  Todas as coisas parecem perfeitas. Parece que nada precisa ser mudado, que tudo está em seu devido lugar.
  Aí alguém precisa desligar, dizem que se vêem no dia seguinte e até lá o mundo será um enorme castelo de paz. Até lá.
Para dizer a verdade, eu nem sei quem é você.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Cigarro dado não se olha o filtro!
Eu não sei você, mas eu não aguento mais esperar uma mudança.

Porque eu tenho medo que você desvie o caminho e eu goste.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

  Algumas pessoas são de sol, outras são de lua. Enquanto outras preferem o inverno, talvez a primavera, o outono, o verão. Falam alto, falam nada, falam pouco, cansam a gente.
Tem gente que ouve música para contemplar, tem aqueles que ouvem para impressionar, e não se importam se a maneira é positiva.
  Outras pessoas não têm orgulho do que fazem, mas também não se envergonham, enquanto outras abrem o livro e espalham as páginas no mundo. A vida é um livro e cada um faz o que quer com suas páginas, algumas pessoas escrevem, outras desenham, outras esperam alguém aparecer e escrever uma verdadeira história, mas algumas se contentam apenas com o rabisco, o rascunho, a primeira linha do poema. Adianta? Quem vai saber? Algumas ligam no dia seguinte.
  Cada um tem sua índole, sua mania, seus limites e liberdades. 
Algumas escolheram cantar mesmo sem saber, outras sabem e preferem esconder. Dirigem bem, dirigem mal, esquecem o sinal aberto, ou fechado, ou nem ligam.
  Existem pessoas que colocam os bois na frente da carroça, mas outras colocam a carroça na frente dos bois. Umas querem arriscar, experimentar, provar. Alguns têm medo, têm vergonha, não têm vontade.
  Vestem-se mal, têm voz irritante. Tem gente que tropeça na escada todas as vezes, queima a língua com o café, se atrasa, derruba o livro no dedinho do pé, perde o ônibus por bobagem, esquece a tevê ligada, rói as unhas, esquece de cortar as dos pés. Pintam o cabelo de maneira diferente do tradicional, desenham nas ruas, ultrapassam pela direita, fazem xixi no mar, cantam alto pelas ruas, tentam a academia de vez em quando, preferem o sanduíche da esquina.
Tem gente que quer morar só, não tem grana, aluga um apê e dorme no chão. Libertou-se do mundo e se prendeu ao sistema, a quem isso importa? A mim? A você?
  Algumas pessoas preferem filmes domingo à noite, outras preferem o mar, preferem dançar, fazer um curso diferente, cozinhar. Enquanto outras se importam demais com gente demais. Se incomodam demais com a vida alheia a ponto de esquecer para que veio ao mundo.
  Cada pessoa é individual de alguma forma. Crie a sua individualidade.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

HÁ SIM! Acordar ao seu lado.
Pode ligar novamente, no meio da noite, no meio do sono. Interrompa meu cansaço. Não há coisa melhor que acordar com sua voz.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

- Queria saber tocar violino...
- Eu te ensino!
- Sério? Não sabia que você sabe.
- Eu não sei.
- ...
- Posso tentar por você.




Sóquenão.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

  Pode vir, nem precisa bater. Vou só tomar um banho, colocar uma roupinha de algodão, ligar o ventilador para você não suar. Quer um suco? Com muito açúcar, essa vida está amarga demais. Quer ouvir música? A mais barulhenta, essa tarde está calada demais. Não vai dizer nada? Quer o isqueiro ou está fumando o cigarro apagado para render mais um pouco? Não vai fazer nada? Quer uma cadeira ou vai ficar ficar de pé para fazer digestão? Ainda não te digeri.
  Pode chegar, entrar, sentar, acender, dizer o que vem na cabeça. Não tenho mais medo, mas também vai ter que escutar. Agora eu tenho alguns segredos e não sei, na verdade, se vale a pena contar. Quer um café? Para abrir esses olhos e despertar para uma vida melhor. Quer um livreto? Para acompanhar os seus dias que te deixam cada dia mais só.
  Pode aparecer, como quem não quer nada, pedir uma xícara de farinha de trigo. Assim como pode abrir o jogo, ser sincero, agir como um homem, colocar os pingos nos is. As cartas na mesa! Desse jogo filhodaputa que eu nunca ganhei. Aceita uma revanche?

terça-feira, 22 de janeiro de 2013



  Que a espera não me ouça, há um pouco de ansiedade. O estômago vazio, meio embrulhado, meio agoniado. Rodando depressa, como um triturador de carne - vruuum vruuuuum! Que a demora não me escute, mas é a pressa que me faz falar e a chegada que me cala. Não sei mais se quero o que acompanha, talvez que venha e vá logo embora, não sei mais. Sei que a espera faz o lado de dentro cantar, existe um tenor aqui dentro. Dentro do triturador de carne - vruuuuuuuuum vruuuuuuuuuuuuuuum! 
  Ele veio com a bandeja na mão. Tão bonito, tão atraente, com a curva mais perfeita no sorriso. Desligaram o triturador, era só fome.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

  A noite foi logo uma grade merda. O colchão tinha perdido o formato do meu corpo e eu acordava a cada hora para tossir até querer morrer. Acordei cedo porque o sol entrou pela janela e não era o Falcão cantando, queria invadir meu quarto, invadiu. Nem lembro se tive café da manhã, lembro só que pensei nele, mas logo esqueci. Depois fiquei pensando em como eu pensei e logo esqueci e isso me tomou todo o dia, mas o dia inteiro mesmo. Até no cinema ele estava lá! Na poltrona vazia ao lado, na tela, na lanterna do lanterninha, no milho da pipoca, ele estava o tempo inteiro. Estava na tosse pertinente e também nas lágrimas dos vizinhos. Pensava que o filme seria também uma grande merda, mas nem foi - apesar de que eu nem lembro como começou.
  Sei bem que aos poucos as coisas vão se encaixando, encaixando e quem tiver que ficar, vai ficar.
  Eu sei que esqueci novamente, por muito tempo. E quando lembrei já estava me debulhando em saudades no chão do quarto, escrevendo uma música dramática na parede como se não tivesse papel nessa casa.
Mas aí eu esqueci de tudo isso e voltei à minha nadamolevida real.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

   A grande questão é que ele faz elogio em troca de nada. Conversa mesmo quando não se tem o que dizer, sorri aos poucos, não deixa cansar. Ele sempre sai, mas também sempre volta logo. Faz muita coisa errada, mas nunca perde a educação, a paciência. Abre a porta do carro, pede "por favor" mesmo quando o favor é feito com prazer, satisfação. Ele fala baixo, é engraçado de vez em quando, se preocupa, dá a mão para ajudar a levantar. Deus, quem nesses dias de hoje dá a mão para ajudar alguém a levantar? 
   Ele tem postura, humildade, planos. Ele quer um futuro, ele também pensa "até os 30", existem metas, criou metas, traça um caminho e não quer ir sozinho. Porém se tiver que ir, ele vai.
   O fato é que dá medo, dá receio, dúvida, confusão. Será? E se não?
Ele se oferece para buscar em casa e diz não se importar se demorar duas horas para se arrumar, ele acha que vale a pena. Será que vale mesmo? Nunca valeu para ninguém, nem para você, mas para ele vale. 
   Tu achas? 
Voto de confiança, vale sim.
   Tem que valer e dar voto para alguém que pede licença, oferece o lugar para sentar, oferece o cigarro, confia o celular. Se presta a abraçar mesmo depois de horas de treino, suor, cansaço, manda mensagem de Feliz Ano Novo, pede desculpas. TEM que valer e dar uma chance para alguém que cuida, que toca, que percebe que mudou o perfume ou que chama de linda quem passou o dia gripada, com febre e morrendo de dor no corpo. Você está linda hoje.
   Só precisava disso.
   A grande questão é que ele se importa e isso me importa.