domingo, 12 de fevereiro de 2012


 Agora a noite é vazia
A esperança é o dia
E as estradas cruzadas para lhe encontrar
Vou guardar os segredos, fingir não ter medo
E a ferida ainda aberta vai cicatrizar
Vou guardar seu perfume, mudar meus costumes
Morar na varanda e te pedir ao luar
Vou querer o abraço, o gingado, o compasso, o enlaço
Vou lembrar do sorriso e desviar o olhar
Vou deixar a aliança, guardar a lembrança
E não deixar a saudade chegar e matar
Vou fingir que não ligo, esquecer o abrigo
Que o seu coração me pediu para ficar
Vou desfazer essa mesa
E a vontade ainda presa
Eu vou segurar para não me enforcar
Vou lhe furar com o espinho
Beber o seu vinho
E com saudade vou me embebedar
Jogar a flor morta
Fechar essa porta
E garantir você não mais entrar.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012


"Nos demais,
todo mundo sabe,
o coração tem moradia certa,
fica bem aqui, no meio do peito...
mas comigo a anatomia ficou louca.
Sou todo coração -
em todas as partes palpita."

- Maiakovski

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Regue meus olhos com o brilho dos seus
E com o sorriso ilumine meu caminho que eu quero passar
E não diga nada do que pretende falar
Não me questione, se limite.
Não queira saber sobre o que ainda eu não disse
E não pergunte sobre meu carnaval
Nem sobre os segredos que escondi embaixo do tapete
Nem sobre as pessoas que deixei ir embora
Falha minha, esqueça minhas falhas
Minhas tralhas, as migalhas que me permiti ser e me reconstruí sozinha
Não queira saber de nada, nem de ninguém, nem por que
Tudo tem seu tempo e não posso te deixar levar o meu
Temos um dia lindo lá fora
Vamos viver nossas vidas e garantir a distância
Garantir o esquecimento e nenhum arrependimento
Não há nada que machuque mais que a vontade de ser ... e não ser.