sábado, 9 de junho de 2012
segunda-feira, 4 de junho de 2012
É assim que me sinto, assim que quero ficar. Em um íntimo só
meu, com o coração desnudo com as portas escancaradas para quem quiser entrar,
esperando que por um suplício que quem não quer morar saia. Saia e deixe a casa
vazia, cama bem arrumada com os lençóis bem dobrados e a toalha de volta no
banheiro.
Estou tentando me manter em bom estado para me amar sem
medidas, me encontrar nos caminhos sem volta e fazer chover quando o coração
arder em chamas. Estou tentando manter o eixo, os tais oito pontos do universo
e me focar no que me diz respeito, no que me faz bem.
Sendo assim, tão discreta entre minhas paredes, eu às vezes
tento me perder sem que ninguém saiba. Tento me esconder em algum ponto de
arestas desse quadrado imenso, sem fim. E ninguém sabe mesmo, só eu. Só eu que
caio nas minhas próprias ciladas, eu que tropeço nos meus próprios meios e
fins, tentando cair em cima de um recomeço.
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