quarta-feira, 29 de julho de 2009

A vida está corrida e eu tenho que transformar dois minutos em meia hora, a princípio.
Melhor seria se esse tempo todo ocupasse outros sufocos e os resolvesse, ocupasse outros minutos, outras meias horas que eu esperei por tanta coisa, tanta gente e até hoje espero sem perceber.
Tanta gente, nem foram tantas assim, mas com todo esse peso parece que foi o mundo inteiro. As meias horas de relógio que atrasaram a minha vida, tiraram meu sono para me fazer criar coragem. Depois das noites mal dormidas não tinha medo que e é lá que eu quero chegar, e eu vou.
A vida está confusa e nessa idade é perigoso ficar parado. Tem que fazer corre, tudo nas carreiras e quando o nariz começar a sangrar é porque a hora de parar com isso já passou faz dois minutos. Então senta, olha o mundo pulando ao seu redor e a sua vida se resumindo a pó. Tem quem cheire, tem quem cheire essa droga.
Minha alma intacta de volta, por favor. De tão limpa e pura para esse vestígio de adubo. Perdoem, perdoem. Hoje eu estou meio assim mesmo, arrogante, máscula, sem saber direito como falar.

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