sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Acompanhe-me... ou não.

Talvez já não tenhamos mais o que oferecer um ao outro, estamos distantes demais e não fazemos a menor questão de nos aproximarmos. Não vejo isso como um status, na verdade a sociedade não se importa nem um pouco com nossa vida pessoal. Também não vejo isso como comodismo porque, sinceramente, eu tenho muito mais dor de cabeça agora. Eu via isso como amor, mas quando vejo esse amor abrindo a porta e indo embora sem dar a menor satisfação, acabo me perdendo nos conceitos de amor.
Qual o seu conceito de amor? O que isso significa para você?
Houve um tempo em que eu ficava sentada no sofá te esperando chegar pontualmente, nesse tempo eu ganhava surpresas. 20 minutos mais cedo com umas rosas debaixo do braço. Talvez um bombom, um sorriso, um “me atrasei?”. Ou apenas 20 minutos mais cedo, na verdade era o suficiente.
 Foi debaixo deste mesmo sofá que escondi minhas frustrações, minhas saudades, minhas vontades e mais ainda os meus segredos. Eu queria ter você também como um amigo, alguém que eu pudesse confiar e contar minhas bobagens, meus erros que me ensinaram a nunca mais errar. Queria conversas, opiniões, eu não quero suas críticas, não quero sua pena, não quero nada disso. Eu só queria sua atenção e algum tempo disposto a me ouvir.
Algumas coisas foram mudando com esse tempo, pessoas indo e vindo e o que me deixa feliz é que você ficou, mas está mudando também e às vezes me machuca. E eu já sou cheia de feridinhas por dentro, não quero que ninguém fique me magoando cada dia um pouco mais.
Enfim, estou em uma nova fase de vida e estou te pedindo para me acompanhar, ou no mínimo ser honesto e me deixar seguir sozinha, só não tente me segurar. 

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