sexta-feira, 28 de março de 2014

 E eu que passei tanto tempo sem vir aqui para fingir que não tinha nada a dizer. Pura mentira. Tanta coisa para dizer, mas me faltam dedinhos. O cansaço venceu esses dias. Um ano e nada mudou. Nenhuma dor deixou de doer, nenhuma mágoa se apagou. Logo eu que costumava te dar carinho, de uma forma difícil de lidar, eu sei. Mas era o meu jeitinho de carinho difícil de lidar, é sério que para você nada disso fazia sentido? É sério que o infinito para nós acabou bem ali naquele momento?
 Tantas lágrimas de nada me serviram, tanto chão, tanto caminhar, tanto pedir, querer pichar seu muro e dizer que te amo da forma mais suja e escrota porque parece ser essa a forma que você merece, mas que de qualquer forma, por mais que banal, arruaceira, infringente, é uma forma de amor! Amor, meu amor, é amor.
  É sério que acabou tudo naquele momento? Todos esses doze meses de aperreio e rezas e súplicas com promessas e sonhos e desejos e abraços vazios e noites mal dormidas e cabelo molhado por lágrimas salgadinhas demais para um amor tão saudável não servem para mais nada?
  Coloquem o "aprendizado" no cu. Eu quero você.

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