quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Dá para me ouvir melhor agora? Não? E agora? hum? Agora sim? Beleza.
Liguei para dizer que estou indo embora e que não vou te esperar voltar para te dar adeus, afinal, estou tentando fazer isso há uns 3 meses e você não está dando importância. Watherever. Eu vim me queixando de algumas bobagens, mas não precisa esquentar a cabeça não, cara, já encontrei o meu lugar. Vou te deixar um endereço escrito em uma papel em cima da mesa, quando achar que deve me encontrar você pode ir nesse endereço e procurar por uma garota chamada você sabe como. Ela não vai saber nada sobre mim, tampouco sobre você, mas você sabe, ela é muito mais madura do que eu, talvez ela atenda melhor suas necessidades.

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!
Não, man, ela não vai.
Hey, fala mais alto, não estou te ouvindo. Ah, deve ser porque você nunca me diz nada mesmo.
E o não me dizer me pede para ir embora, como se fosse um apelo do seu coração, e eu sigo. Assim como venho seguindo há tanto tempo, eu sigo, eu atendo a esse apelo que sabe-se lá se é desespero ou se é simplesmente cansaço. Mas não serei como as outras, amor, não serei como as outras que foram humilhadas e esmagadas com as pontas das suas unhas e quando você se deu por satisfeito achou justo chutá-las para o fim de mundo que vieram.
Descobriu que sou diferente, não foi? Descobriu que sou diferente ou ainda quer me banhar com aquele sal de sujeira que elas tinham no corpo para ter um motivo plausível para depois me largar para trás?
Descobriu que ninguém é insubstituível, foi? Descobriu isso?
Acha que ninguém vai marcar a sua vida como uma cicatriz no meio da testa que ninguém vai te deixar esquecer? Acha mesmo?
E acha também que um fim de semana diante do mar é coisa de hippie?
Espera aí, man, acha mesmo que ninguém vai marcar a sua vida por todo o sempre?
Tenta me esquecer, man, vamos fazer um jogo?
Quem conseguir primeiro, ganha um ventilador.

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