segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

  Pode vir, nem precisa bater. Vou só tomar um banho, colocar uma roupinha de algodão, ligar o ventilador para você não suar. Quer um suco? Com muito açúcar, essa vida está amarga demais. Quer ouvir música? A mais barulhenta, essa tarde está calada demais. Não vai dizer nada? Quer o isqueiro ou está fumando o cigarro apagado para render mais um pouco? Não vai fazer nada? Quer uma cadeira ou vai ficar ficar de pé para fazer digestão? Ainda não te digeri.
  Pode chegar, entrar, sentar, acender, dizer o que vem na cabeça. Não tenho mais medo, mas também vai ter que escutar. Agora eu tenho alguns segredos e não sei, na verdade, se vale a pena contar. Quer um café? Para abrir esses olhos e despertar para uma vida melhor. Quer um livreto? Para acompanhar os seus dias que te deixam cada dia mais só.
  Pode aparecer, como quem não quer nada, pedir uma xícara de farinha de trigo. Assim como pode abrir o jogo, ser sincero, agir como um homem, colocar os pingos nos is. As cartas na mesa! Desse jogo filhodaputa que eu nunca ganhei. Aceita uma revanche?

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