domingo, 10 de outubro de 2010

E agora? Como faz para te largar?
(Imagem por Orlando Pedroso)

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Às vezes eu olho tanto para você que parece que vou te engolir e te trazer para mim. Por que você não corre nas minhas veias? Por que você não vem até aqui? Por que eu não posso ter para mim alguém igual a você? Ou você?
Dá para me ouvir melhor agora? Não? E agora? hum? Agora sim? Beleza.
Liguei para dizer que estou indo embora e que não vou te esperar voltar para te dar adeus, afinal, estou tentando fazer isso há uns 3 meses e você não está dando importância. Watherever. Eu vim me queixando de algumas bobagens, mas não precisa esquentar a cabeça não, cara, já encontrei o meu lugar. Vou te deixar um endereço escrito em uma papel em cima da mesa, quando achar que deve me encontrar você pode ir nesse endereço e procurar por uma garota chamada você sabe como. Ela não vai saber nada sobre mim, tampouco sobre você, mas você sabe, ela é muito mais madura do que eu, talvez ela atenda melhor suas necessidades.

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!
Não, man, ela não vai.
Hey, fala mais alto, não estou te ouvindo. Ah, deve ser porque você nunca me diz nada mesmo.
E o não me dizer me pede para ir embora, como se fosse um apelo do seu coração, e eu sigo. Assim como venho seguindo há tanto tempo, eu sigo, eu atendo a esse apelo que sabe-se lá se é desespero ou se é simplesmente cansaço. Mas não serei como as outras, amor, não serei como as outras que foram humilhadas e esmagadas com as pontas das suas unhas e quando você se deu por satisfeito achou justo chutá-las para o fim de mundo que vieram.
Descobriu que sou diferente, não foi? Descobriu que sou diferente ou ainda quer me banhar com aquele sal de sujeira que elas tinham no corpo para ter um motivo plausível para depois me largar para trás?
Descobriu que ninguém é insubstituível, foi? Descobriu isso?
Acha que ninguém vai marcar a sua vida como uma cicatriz no meio da testa que ninguém vai te deixar esquecer? Acha mesmo?
E acha também que um fim de semana diante do mar é coisa de hippie?
Espera aí, man, acha mesmo que ninguém vai marcar a sua vida por todo o sempre?
Tenta me esquecer, man, vamos fazer um jogo?
Quem conseguir primeiro, ganha um ventilador.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

"Se você está se sentindo esranhamente feliz e sorridente, das duas uma: Ou está apaixonado, ou ficou louco. No fundo, não faz muita diferença."

Bombom Garoto.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A essa altura do campeonato, um cigarro só e uma dose dessa não me são suficientes. - Nunca são suficientes.
Ele é o carinha que mora bem ali.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Anota teu endereço, aqui no papelzinho

(Imagem por Orlando Pedroso)
Chegou sem me dar boa noite, passou por mim como quem nunca me viu e depois falou comigo como se eu fosse o amor mais lindo que você já havia encontrado. Depois foi embora sem me dar nem um abraço, nem dizer para onde ia ou que seu telefone já está funcionando. Desapareceu. Perguntei por você, mas ninguém sabia dizer. Procurei por aí e não te encontrei, e olhe que você adorava andar por aí. Procurei na minha sala, no mundo on line, na agenda telefônica, nas ruas sem saída, nas casas com portão marrom com duas cadeirinhas brancas na varanda. Te procurei nos desenhos, pinturas, nas músicas mais bonitas que tocavam. Nos gols do teu time, no teu sorriso maroto e no teu olhar cabisbaixo que já nem estavam ali, mas procurei, de alguma maneira qualquer eu procurei. E só encontrei um pouquinho de você aqui dentro do meu peito, gritando tão baixo que eu mal podia ouvir. Encontrei o que restava de você e quando segurei nas mãos você escorregou aos pouquinhos, bem pouquinhos. Aí eu sumi de você. É verdade, sumi, na verdade eu cansei de te procurar e não te encontrar em canto algum e resolvi sumir de você para te dar uma boa lição e acabei gostando disso de cada um em seu lugar. Sumi. Não dei satisfação, não dei adeus, para quê? Esses dias eu só queria te ver para te dizer que eu sinto (ou sentia) muito a tua falta, mas que agora eu já arrumei um jeitinho brasileiro nessa minha vidinha safada. Eu queria te dizer que eu tenho um outro alguém, que não é lá muito diferente de você, mas eu sei onde encontrá-lo.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Qual o órgão emissor do CNPJ? E o que essas letras querem dizer? E o que ele quis dizer quando pediu meu telefone? E o que eu deveria ter dito? E o outro é tão exibido, mas eu lembro dele quando eu estava aos 16. Fazia travesseiro de areia e ficava lá o esperando sair da água. Por que o tempo passa? E por que eu não sinto a menor saudade disso aí? Não desse tempo, mas desse travesseiro de areia e da saída da água que demorava tanto que eu cansava já naquela época e ia embora.
Eu queria sair para dançar, o que ele quer dizer quando diz “pode ir”? Será que ele não quer ir ou ele quer fazer alguma coisa que eu não vou ver porque vou estar com os olhos fechados girando pelo salão? E o que ele diria se ele quisesse dançar? Ele é tão tímido, esperaria que eu insistisse.
Eu queria ter uma moto, colocar 220 km/h e me arrepender pelo resto da vida, se ainda restasse, é claro. Eu queria também ter paciência, estudantes de saúde precisam disso para poder por em prática. Prática. Prática. Por que pensar tanto e perguntar tanto e fazer tão pouco? Onde estão as verdades e as descobertas incompletas? Por que eu nunca sei de nada e por que eu sou tão perdida no tempo e no espaço e por que eu demoro tanto para chegar até o quarto quando tem uma música legal tocando? Minha dança é tão... feia.
O que o faz pensar que tem algum poder sobre mim?
“Eu não sei qual o seu nome, mas nem precisa chamar.” Ele tem um jeito sereno de ser. Ele tem um veneno amargo que às vezes eu, sei lá, me enveneno?
Hahaha, eu vim só para dizer que estou por aqui, cada vez mais vazia, meus amores, cada vez mais v a z i a .
Essa história de estudar pela manhã, estudar pela tarde e jogar pela noite me deixa cada vez mais triste. Eu nem tenho mais tempo de, sei lá, nem tenho mais tempo.