domingo, 5 de fevereiro de 2012

Regue meus olhos com o brilho dos seus
E com o sorriso ilumine meu caminho que eu quero passar
E não diga nada do que pretende falar
Não me questione, se limite.
Não queira saber sobre o que ainda eu não disse
E não pergunte sobre meu carnaval
Nem sobre os segredos que escondi embaixo do tapete
Nem sobre as pessoas que deixei ir embora
Falha minha, esqueça minhas falhas
Minhas tralhas, as migalhas que me permiti ser e me reconstruí sozinha
Não queira saber de nada, nem de ninguém, nem por que
Tudo tem seu tempo e não posso te deixar levar o meu
Temos um dia lindo lá fora
Vamos viver nossas vidas e garantir a distância
Garantir o esquecimento e nenhum arrependimento
Não há nada que machuque mais que a vontade de ser ... e não ser.

domingo, 22 de janeiro de 2012

domingo, 15 de janeiro de 2012

Eu te convidei para ir comigo. Eu te colocaria na mala e me perderia no mundo, se você quisesse, se você deixasse. Sem muita pressa para voltar, sem destino aparente. Você poderia ter ido, mas já que não foi, poderia ter ligado. Poderia ter demonstrado afeto, demonstrado saudade. – Quando a gente ama... a gente cuida. – Poderia ter pensado em mim, eu iria sentir se você pensasse em mim! Eu iria sentir. Poderia ter pensado e depois ter chegado sem querer, chamando ‘ô de casa’. Mas já que não foi, eu fiquei por lá, em algum lugar, em alguém. Fechei os olhos e pensei ‘’ Seja o que deus quiser’’, e foi isso o que ele quis, meu amor. Deixar a saudade criar uma carapaça sem fim, até chegar um momento que não doa mais.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Ironia

Desculpa a demora, desculpa a mentira, desculpa a vergonha
Não pode mais haver algo por aqui que não doa
Então veja só que ironia, meu velho amor
Precisamos nos separar para sermos felizes.

Desculpa a procura, as perguntas, o silêncio
A fartura, o exagero, o sufoco
Desculpa, meu amor, desculpa as trocas
As festas que não dei, as verdades que guardei
Os sonhos que sonhei e não dividi contigo
Desculpa não poder te dar o sol, talvez a lua para você pendurar no seu quarto
Desculpa não ser quem você sonhou
Mas sou eu, sou assim, e não me lamento
Por isso veja só que ironia
Precisamos nos separar para que eu possa ser eu.

Desculpa ser organizada demais, desorganizada demais
Ser tão espontânea e em outras vezes nem querer saber
A saudade em excesso todos os dias, querer te abraçar, te ouvir, te tocar
A preocupação, desculpa por ela também
E pela ousadia, pela insensatez e pela autoridade
Desculpa pela autoridade, mas é culpa dos astros
É culpa do meu coração
Mas veja só que ironia, meu amor
Precisamos nos separar para ser quem sou.

Desculpa por lhe cuidar, por chorar baixinho
Por querer tão grande e disfarçar o sono
Desculpa por nunca te desculpar, mas é por isso que eu vou lá
Buscar um caminho certo a seguir
Deixar tristeza, saudade se perder em outras veias
E olhe só que ironia
Precisamos nos separar para não ser triste assim.

Eu vou só

Não me toque, me abrace, me esqueça
Não me queira, não me ligue, não me esqueça
Não me queira tão longe, me aqueça
Pode deixar, eu vou só
Não tente me entender, tente me amar
Não tente me prender, pode me deixar
Pode me deixar que eu vou só, meu amor
Pode me deixar que eu vou só, meu amor
Eu vou encontrar o caminho da luz que você apagou
E vou iluminar o caminho com luz para te deixar passar, meu amor
Siga seus passos, mas não me perca de vista
Siga meus passos, mas não me perca de vista
E me deixe ir embora, mas não me perca
E por favor, não se preocupe com as horas, não me perca
Não me deixe ir, não me deixe cair, não me deixe
Meu amor, não me deixe
Não me deixe
Me deixe
... Aqui.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Às vezes a mente enfraquece, o corpo padece e não sei de onde vem tanto querer. E haja promessa, mentira com cobertura de verdade, recheio de saudade e qualquer coisa que te faça ficar um pouco mais.
Eu te procurei o dia inteiro, perder a confiança é uma merda.
Poderia ter dado um pouco mais de atenção, mas a grama do vizinho é sempre mais verde. Mas é a porra da sua grama que embeleza o seu jardim, é a SUA grama que embeleza o SEU jardim.

Você poderia ter lido, ter dado mais atenção, poderia ter cuidado mais, ter olhado mais, abraçado mais. Poderia não ter me deixado ir embora, mas e agora?

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

   A noite estava linda e o vento estava tão forte que às vezes me tirava do lugar. Às vezes eu também me perdia no tempo e no espaço, pensava em mil coisas e quando me dava conta estava atravessando outra avenida. Os sinais estavam meio desnorteados e as pessoas pareciam não me ver, mas mesmo assim, mas ainda assim, a noite estava linda.
  Ela estava tentando me dizer que alguém ainda em vida havia me deixado. Queria dizer que eu não tinha perdido ninguém, tinha recuperado um pedaço grande de mim. Talvez por isso estivesse linda.
Cheguei a pensar que nunca chegaria ao meu destino, que nunca alcançaria meu foco e não chegaria a tempo. Que ficaria na mira de mil revólveres e pediria perdão pelos pecados em alguns segundos antes de alguma tragédia que graças à ela, a noite linda, não aconteceu.
  Portanto, apesar de você, tudo ficou misteriosamente bem.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Eu passei anos da minha vida esperando esse telefonema que você não quer atender. 
Um dia ela me ligou mil vezes e das mil eu não atendi nenhuma, achando que ligaria um pouco mais. Foram anos, ANOS esperando que ela se arrependesse e ainda tivesse meu telefone de cor e ligasse. Eu sabia que ela nunca ia se arrepender, ela era bem desse tipo. Seguia em frente porque dizia que andar em frente olhando para trás faz o cara tropeçar.
Você faz isso porque nunca a perdeu. Porque ela nunca passou por você e esnobou, e fingiu que fosse uma pessoa que nunca houvesse visto em toda a vida. Porque ela nunca olhou na sua direção fazendo você se sentir um lixo - APENAS com o olhar - e passou em frente, como se você fosse um completo estranho. Você faz isso porque esquece que ela faz parte de cada coisa que acontece na sua vida, sem ela perceber e tampouco você. Pare, pense! Suas roupas, seu emprego, suas filosofias, suas manias, lugares para lanchar, até a forma de apertar o botão do controle! Ela está em tudo, no seu guarda-roupa sem chave, no seu cão, nos arquivos do seu computador, na sua playlist, nos seus sapatos, suas roupas de baixo, sua barba.
Você não atende a esse telefone porque ela já se importou tanto com você que você acha que ela vai sempre se importar. Não atende porque tem várias outras nas mãos que não te deixam ver que é só ela que você quer e que se não atender esta merda AGORA, você nunca mais a terá - e NÃO adianta ligar de volta, só se for para se confortar e dormir pensando 'eu tentei'.
Porque ela nunca passou e deixou você pensando "Caralho, que merda, ela consegue viver sem mim. O que eu faço agora?" . O que o cara faz, mermão? O que o cara faz quando descobre que é ELE que não consegue viver sem ela? 
Eu não podia viver sem ela e só descobri quando ela passou e foi.
Você vai conseguir machucá-la até a última gota de força que ela tiver, mas mermão, quando ela acordar de manhã - ou simplesmente quando essa ligação cair - e decidir seguir a vida sem você aí, mermão! 
você vai comprar um carreteiro e falar esse monte de merda que eu estou falando agora.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

 
  Às vezes eu fico procurando umas frases prontas para tentar te atingir - como a adolescente faz para tentar abraçar de alguma forma a pessoa que ama-, esquecendo que as vezes que consegui foi olhando para você e sendo sincera. Embora você depois não tenha dado a menor importância e agido como se quem mandasse nisso tudo fosse você e como se realmente não se importasse mais nem um pouco sequer. Seus olhos de desprezo e suas costas me dizendo adeus foram responsáveis por alguns estragos aqui dentro. 
  Pois bem, é esquisito quando algumas coisas passam a tomar rumos que não deveriam tomar, mas que apenas não dá para modificar mais nada e se der a gente acaba deixando ir assim como queira, no caminho errado, se equilibrando em linhas tortas achando que se ficar pior do que está é porque nos fará um pouco mais fortes. E faz, pior que depois que a dor passa e o peito começa a afrouxar um pouco, a gente vê que de alguma maneira fez a gente mais forte.
  Eu não quero mais isso para mim, eu até gostaria de ter você para mim, mas não esse seu novo “eu”. Eu queria o velho, que me fazia surpresas, me ligava na madrugada para dar boa noite e me trazia bombom no meio do dia. Como quem não quer nada, como quem está de passagem e tem uma brilhante idéia “Ah, vou ali levar um bombom para a moça bobinha que passa o dia no sofá esperando uma atitude bonita’’. Esse eu queria para mim. Que saía de casa a qualquer hora porque sentia saudades, que mandava recados, mandava cartões, dizia coisas bonitas ou nem dizia nada, só me olhava de um jeito diferente. As pessoas têm mania de dizer “é que no começo é assim”, mas quando passa a não ser mais é porque acaba, porque chega no fim que no início parecia tão distante e que de repente já está li, apertando sua garganta e te obrigando a largar tudo e voltar a sua vida medíocre e só. Com um café já frio, um jornal da semana passada e a tevê ligada em um canal que você nem vê.
  É isso o que a vida faz. Ela te dá oportunidades, te dá presentes e perseverança e de repente tira tudo de uma só vez, em uma luvada só. Então você cai, se machuca, cansa. Mas cabe a você se levantar e começar tudo outra vez ou ficar ali esperando que a mesma mão que te derrubou, te levante. E acredite, isso quase nunca acontece.