sábado, 2 de abril de 2011

Parabéns, Chiquinho

  Que lhe venham muitos outros anos de vida, se puder fique ao meu lado, se não puder fique também, não deixe esse espaço vazio.
Se puder fique calado, se não puder fale baixinho, bem no meu ouvido para o mundo não se importar.
Se quiser fica quieto, se não quiser fica inquieto, mas não tire a paciência.
Se puder fique por aqui, se não puder dê uma volta, mas volte logo, vou esperar.
  Que conquiste o sucesso e não o espere chegar de bandeja. Que cultive a felicidade porque nós só colhemos o que plantamos. Que trabalhe bastante e ganhe bastante dinheiro porque (quase) nada que é muito fácil tem muito valor. Que você batalhe para atingir seus objetivos porque nada simplesmente surge. Que procure um bom emprego e o encontre enfim, porque ninguém vem bater na sua porta te oferecendo. Que cresça, porque a vida não é uma eterna infância. Que entenda, porque com o tempo ninguém mais vai querer te explicar muita coisa. Que faça, porque se não fizer, outro alguém fará. Que creia, porque se não crer não vai ter em que se sustentar. Que ame, porque sem amor nada será. Que agradeça sempre pelo que conseguir e que não desista do que ainda não alcançou, leia novamente o “ainda”.
Se precisar de mim para qualquer coisa, estarei sempre aqui.
Feliz Aniversário.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Às vezes eu acho que – honestamente – nós não nos importamos nem um pouco com nós mesmos.

sábado, 26 de março de 2011

Música:

TEM QUE ACONTECER
Composição : Sérgio Sampaio

Não fui eu nem Deus não foi você nem foi ninguém
Tudo o que se ganha nessa vida é pra perder
Tem que acontecer
Tem que ser assim
Nada permanece inalterado até o fim
Se ninguém tem culpa não se tem condenação
Se o que ficou do grande amor é solidão
Se um vai perder outro vai ganhar
É assim que eu vejo a vida e ninguém vai mudar
Eu daria tudo
Pra não ver você cansada
Pra não ver você calada
Pra não ver você chateada
Cara de desesperada
Mas não posso fazer nada
Não sou Deus nem sou Senhor
Eu daria tudo
Pra não ver você chumbada
Pra não ver você baleada
Pra não ver você arreada
A mulher abandonada
Mas não posso fazer nada
Eu sou um compositor popular
Eu daria tudo
Pra não ver você zangada
Pra não ver você cansada
Pra não ver você chateada
Cara de desesperada
Mas não posso fazer nada
Não sou Deus nem sou Senhor.
Eita, deus.
Vinícius, cadê você na minha casa? Deitado na minha cama lendo as frases da minha parede? Cadê você assistindo meus filmes e cantando minhas músicas? E cadê você na minha escada reclamando que o 3º andar é longe demais? E perguntando como é que eu não emagrecia se subia aquilo tudo várias vezes ao dia? Cadê você na minha rua e no meu Natal? Na minha praça, no meu banco, no meu colo. Cadê você Vinícius? Cadê você me ensinando a andar de skate e descongelando comida para o lanche da tarde? Seu banheiro sem chuveiro? Sua guitarra com olhos e uma boca com vontade de devorar o mundo? Seus shows com samba canção e cabeça baixa?
Como eu tenho coragem de achar que foi melhor assim, meu deus? Eu queria você comigo nem que fosse como um vegetal, mas DEUS! Você não merecia, meu anjo!
Como eu permiti não te ver todos os dias como acontecia há algum tempo? Como eu permiti passar um minuto ao seu lado e não te abraçar? Como eu OUSEI não te dizer tantas vezes o quanto você era/é importante para mim?
Meu garotinho, eu não conseguia te ver triste, eu tinha vontade de roubar a dor do seu peito e engolir de uma vez só! Eu queria poder te levar pela mão para onde quer que você quisesse ir para que você não precisasse nunca mais andar naquela moto tão bonita e traiçoeira, como gatos.
E em pensar que na última vez que eu te vi eu fiquei brincando com teu capacete e o coloquei na cabeça e fiquei pensando ‘como isso tem um cheiro bom’. Era teu cheiro, Vinícius. Era o cheiro de quem vai embora e vai deixar uma dor filhadaputa no peito e um nó que nunca mais desata na garganta. Era esse o cheiro.
Era o cheiro de quem deveria ter te convidado a morar na minha casa só para não ter que perder você para sempre! Era o cheiro que queria me dizer alguma coisa e eu não entendi. Quando você foi ensinar o Lucas a andar na moto e ele caiu e se machucou e tudo o que eu pensei foi ‘como assim tão rápido?’. Um minuto quer dizer tanta coisa. Em um minuto eu posso te dizer tanta coisa que esse minuto seria eterno.
Cadê você no meu telefone? Me ligando, me mandando mensagem, me chamando para sair com “os caras”? Cadê você na formatura do ensino médio da minha irmã? Bêbado, deitado no sofá, dizendo que vai para casa de táxi? E minha Miss Mag te levando em casa e dizendo o tempo inteiro o quanto você é um menino bom, só bebeu demais.
Cadê você me trancando no hall do prédio já que nenhuma das duas portas abria direito? Cadê você me mandando parar de fumar e me ensinando a tocar guitarra? Dizendo que gostava da minha voz, que queria que eu cantasse um pouco e parando um ensaio da sua banda para que eu cantasse Bizarre Love triangle, no Stúdio Poker, há tantos anos.
Eu sinto tanto a sua falta que não agüento mais me encontrar procurando por você. Tem o seu nome na minha parede, nas minhas duas paredes. Tem o seu nome no meu peito, seu cheiro no meu olfato e a sua voz é música para meus ouvidos todas às noites antes de dormir. Às vezes eu te sinto tão pertinho de mim que dá vontade de te abraçar, e eu sei que você iria sentir e me abraçar de volta. Às vezes eu fico pensando, como seriam as coisas se elas não tivessem sido interrompidas? Todas as coisas que são inte
rrompidas. Cadê você Vinícius? Está em algum lugar que não dentro do meu peito?

quarta-feira, 23 de março de 2011

Disse Carlos Drummond de Andrade

"A UM AUSENTE:



Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?


Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.
Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste."


Carlos Drummond de Andrade


- aquiescência - consentimento.




Porra, brô, por que se foste?

segunda-feira, 21 de março de 2011

O mundo está caindo aos pedaços. Cheguei a essa conclusão quando olhei para o céu e vi um buraco negro. Negro mesmo.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Será que o mundo vai acabar e não vou dirigir o meu próprio carro? Nem fazer a viagem para um lugar com neve? E para onde vão todos esses anos de estudos? E o regime? A música clássica? De repente tudo vai acabar? Estamos construindo tudo o que existe para que de repente tudo seja destruído? Por uma onda? E esses surfistas que passaram a vida faltando na aula para aprender a surfar vão se arrepender de que?
E o meu programa de tevê? Aquele que eu deveria apresentar. E minha participação no Big Brother? Eu só queria ensinar algumas coisas a pessoas fúteis e mesquinhas.
Então quer dizer que o mundo vai acabar e eu nunca vou viver uma cena de filme? Daquelas com mocinho apaixonado e mandando flores? E também não vou ter minha própria casa no Francês?
Queria atingir uns objetivos, amar com o coração inteiro e ser amada com toda a alma. Queria isso tudo e mais algumas coisas antes que o mundo acabasse.

terça-feira, 15 de março de 2011

- Garçom! Me vê uma notícia boa com gelo, por favor!

segunda-feira, 14 de março de 2011

"Me leve até o fim."