quarta-feira, 24 de abril de 2013

   Quando se compra um livro, há a esperança de aprender com ele. De deitar com ele até que a história acabe. Esperança de ler um verso e completá-lo mentalmente e pensar em seguida: Como o autor não pensou nisso? Ele tem as razões fáticas dele, cada um tem a sua.

   Quando se colhe uma rosa a intenção é que ela perfume as mãos. Que lhe fure com um espinho, mas que sua beleza não permita isso ser relevante. A esperança é que ela não perca a beleza enquanto for sua, pétala por pétala, espinho por espinho.

   Quando se assiste um filme, quer rir, quer chorar, quer sentir medo, saudade, vontade de mudar a vida depois do que se vê. Quer mudar o cabelo, comprar roupas novas, carregar filosofia e poesia por onde passar.

   Quem quiser que diga  que não precisa fazer as coisas esperando algo em troca, mas as razões fáticas lá do escritor estão refletindo agora, porque é um fato mundial. Ama-se sem esperar em troca quando o amor é incondicional, mas pode-se apostar que há a esperança de um retorno. Por mais que diga que não, que diga que nem precisa! Se tivesse a opção, essa seria o retorno do amor que se dá "sem nada em troca". Há sempre a troca de interesses.

   É difícil engolir um "tanto faz" quando o que mais se quer é o "com certeza".

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