sábado, 6 de fevereiro de 2010

É começo de fevereiro, começo de ano, começo de aulas e momento para começar a traçar metas. “Este ano eu vou estudar”! Rá! Este filme eu já vi, mais de dez vezes.
Hoje eu estou meio madrugada e quando o sol ameaça aparecer eu me escondo dentro de mim mesma, estou a procura de um escuro só meu, a procura de uma vida só minha e um problema só meu. Estou meio vento frio, mas essa mudança de temperatura me alucina muito mais. Estou meio em saudade, mas essa vontade de rever simplesmente não acaba mais.
Preciso de um tempo. Preciso de um tempo para colocar os pontos nos is, para regar minhas plantas e tirar uma terceira via da minha identidade. Essa que eu guardei há tempos e de tão guardada envelheceu. Preciso de um tempo para fazer minha chave, e poder trocar meu chaveiro, colocar minhas meias de molho e comprar esmaltes novos. Pintar o cabelo, hidratar a pele, desligar o celular, ligar o som e dançar. Preciso de um tempo para mim sem muito o que me preocupar, sem querer terminar logo, sem ter tempo para pensar, ou pensar o quanto quiser, ler o quanto quiser e escrever o quanto me der vontade.
É início de ano, parece tão igual aos demais, mas o fato é que cada dia que passa se aproxima mais do fim do mundo. O dia em que a fúria da natureza não vai mais caber por trás das árvores e vai invadir as capitais. Nada de sol e mar, aguinha de coco com sorvete de morango, nada mais disso. Está chegando o dia em que a natureza vai inverter os pólos, em que o céu vai fazer parte desse chão e o mar vai fazer parte dessa sala. Maldito bicho homem, destruindo o que sempre foi tão frágil, a natureza só queria respirar.

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