quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Um minuto de silêncio.


Estou de luto por mim mesma.
Eu sou aquela otária que confiou seus sentimentos sinceros em uma garota, contou-lhe tudo o que lhe doía e até onde poderia chegar. Sou eu, eu fechei os olhos e disse “Pode me guiar”, e então eu dei meia volta sem perceber e quando abri os olhos, estava voltando todo o meu caminho, fui colocada para trás.
Eu o amava tanto, era tanto amor que podia sair pelos poros enquanto eu suava, saía pelos olhos enquanto eu chorava e o que me restava de amor e ternura, ficava aqui dentro me sufocando, me tirando do sério e ela sabia disso tudo. Porque a estúpida aqui contava, achando que estava desabafando, achando que havia encontrado uma pessoa sincera que tempos depois poderia chamar de amiga. Mas que desabafo, o quê? Desabafo o caralho, eu estava era alimentando um sentimento que ela fingia ser meu, só meu.
E de repente vem me dizer que o ama... Assim? Do dia para a noite?
O amor cresce como cresce um pé de feijão? Acha que é só jogar a semente numa vasilha de margarina, cobrir com algodão, molhar um pouquinho e colocar no sol? Não é assim não, para amar de verdade é preciso muito mais. E vai me dizer que ela não sabia disso?
Porra. Eu o perdi para sempre e fiquei dias sem ser eu e de repente alguém que eu pensei estar por perto corre depressa, o alcança e o fisga para si.
Sabe o que é pior? Eu gosto muito dela. Não que eu vá lhe confiar mais alguma coisa, isso é fato que nunca mais vá acontecer, mas ela me ajudou naquela época.
Me ouvia, não que eu precisasse, mas me ajudou sem querer.
Não que eu o ame mais, não que não ame. Mas é que eu penso nele sempre, lembro dele sempre e de repente quando soube que os dois pombinhos resolveram se juntar, não pensei em nada mais.
Hoje vou colocar a minha cabeça no travesseiro e dormir feito um anjo. Cansei de perder meu sono para dar lugar a pensamentos sem sentido algum. Eu não esperava muito dela, nem muito dele, na verdade eu não deveria esperar nada de ambos e nem de ninguém. Mas também, não precisava ser tão pouco. É tão errado assim amar verdadeiramente um outro alguém? É tão errado confiar em uma outra pessoa? Não, não é.
Errado é quando terceiros abusam de seus sentimentos.
Eu o amava de verdade, e isso não tem como ficar mais claro.
Era um amor que não tinha como caber em mim e era por isso, somente por isso que eu dividia com ela. Era um amor singelo, sem interesses, era limpo, sadio, verdadeiro, intenso, imenso e um amor como o meu, ele nunca vai ganhar e ela nunca vai sentir.
Pronto, falei.

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