quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Faça um esforço e entenda.


Entenda quando eu não quero falar sobre aquele amigo(ou amiga, como você preferir). É só porque ele(a) faz falta, muita falta. E é uma falta tão intensa que às vezes nem um bom livro consegue suprir. Entenda quando eu não quis dizer para aquele filho da puta que eu passava a tarde inteira pensando nele e que parecia que havia ganho o meu dia, porque ele ouvindo isso ou não... Não faria nenhuma diferença. Ou faria? Não faria.
Talvez porque ele tenha mais o que fazer do que se apaixonar, coisa que eu acabei fazendo, mas eu juro que foi involuntário. Juro!
Eu me agarrei no braço do sofá, me agarrei na porta, mas o amor me puxou com tamanha força que destruiu a minha sala de estar e acabou me carregando para si.
E agora não há muito o que fazer a não ser aprender a viver com esse buraco no peito, já que o amor levou meu coração para aquele imbecil que tem a língua presa.
Entenda quando eu não quero ficar sozinha, por favor, entenda. Porque quando eu estou sozinha eu me encontro com ele dentro de mim, gritando, esperneando, querendo sair, mas não sai. É quase simples assim, n.ã.o. s.a.i.!
Eu fugi por muito tempo, fugi por muitos anos. Mas uma hora ou outra eu ia encontrá-lo e encontrei e agora estou de mãos atadas. Viro para um lado, para o outro e ele está em todo e qualquer lugar. Nas músicas, nas ruas, nas árvores, nos garotos jogando bola, no clube de Jiu Jitsu. Entenda quando às vezes me dá uma rebordosa fodida e eu quero simplesmente sumir, ou deitar e dormir para sempre ou deitar e morrer. É porque tem muita ternura sobrando aqui dentro e eu não tenho para quem distribuir. Entenda quando eu digo que não posso falar muita coisa, entenda quando eu mantenho silêncio mesmo com os dentes batendo querendo falar. Adianta de algo falar tudo o que sinto para alguém que não vai se dar o trabalho de entender? Adianta? Adianta. Mas não quero isso não.
Se não pode responder à altura, pois que fique calado. E se vai ficar calado como eu bem sei que vai, deixa isso tudo para lá.
Entenda quando eu disser que preciso ir embora de mim para poder respirar, quando eu disser que hoje não dá e que não estou muito afim de sair cantarolando. Meu amor consome muito de mim e principalmente da minha voz, quando está a calando.
Entenda porque eu tenho que ser tão "durona" e tão "insensível", não é muito típico de mim. Mas é que as circunstâncias me obrigaram a ser assim. Eu já caí demais, já me desmontei demais, e quebra-cabeças é o meu hobby, mas não quando o coração é meu.
Entende? Entenda.

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