terça-feira, 24 de junho de 2008

Mais uma primavera pra Julliana.


Ela é a querida da família, o que realmente não me stressa nem um pouco, mas quando a Miss Mag passa a tratá-la como uma rainha, isso sim me dá náuseas.
Mas para ser bem sincera, eu não tenho muito do que reclamar.
Eu sei que em termos de estudos eu sou bem diferente dela, numa diferença negativa. Mas eu me divirto tanto, e conheço tanta gente. E é esquisito olhar para ela, mais velha que eu, não sai de casa porque quer ver o final da novela, não dá preocupação. Não quer ir na rave, não sai na sexta e volta no domingo e passa as tardes estudando e fazendo algo bom para a sociedade.
Ela é a filha que muitos porcentos da população gostaria de ter, ela é a filha que eu nunca seria.
E hoje ela completa seus 20 anos de idade, nunca foi numa boate, nunca foi num show de uma banda legal, colocou um piercing uma vez e tirou em menos de uma semana e nunca fez uma tatuagem. Nem quis montar uma banda, nem aprendeu a dirigir, nem pintou o cabelo, nem gazeou aula para fazer uma sessão de fotos na praia. Nunca foi convidada para atuar num filme, nem numa peça, porque ela nunca se interessou por isso.
Mas todos os professores a adoram, todas as suas notas são azuis, mas ela tem que aprender certas coisas com a vida. Não há livros que ensinem a conciliar a vida profissional e a pessoal, e isso ela definitivamente não sabe fazer.
Eu gostaria que ela fosse mais feliz, que se interessasse mais em diversão, que parasse de chorar por coisas tão banais. Queria que ela fosse mais divertida, falasse mais baixo e chegasse na madrugada de sexta para sábado me contando sobre a festa que bombou.
Ela não é assim.
Mas ela é do jeito dela, então que ela fique bem. Que ela complete várias outras décadas de idade, que se sinta realizada independente do desejo que ela faça.
Ela é minha irmã, e se eu pudesse trocá-la, eu não o faria, querendo ou não, eu a amo.
E amo também as boas lembranças da nossa infância, brincando com pilhas de livros, pegar carangueijinho na beira da praia, pegar taioba.
Acho que essa mordomia e a morbidez que chega para ela todos os dias pela manhã dentro de um enevelope, a estraga.
E se eu tivesse uma filha que troca a vida inteira por um quarto e um computador, aí sim eu morreria dce preocupação.
Enfim, desejo-lhe paz, muita paz.
Saúde, muito disso também. Muita alegria, você precisa.
Enfim, parabéns Julliana.

2 comentários:

Dado Araújo Gartfog disse...

>>>> '¬¬ ....e nada de suku

Dado Araújo Gartfog disse...

cuidado com a insonia!!!
vc leu os outros comentarios????