terça-feira, 15 de julho de 2008

Um abutre em extinção.


Passou o dia inteiro procurando um abrigo, um lugar para se esconder, um abraço qualquer. Encontrar, ela encontrou, mas não queria, tinha vergonha.
Passou a tarde inteira, se desmanchando em lágrimas, cada parte do corpo equivalia a um rio de amargura, cada minuto que passava só, era uma idéia que criava para sumir.
Ela estava enfraquecendo, aos poucos, ia se amontoando em cima de si mesma e ia afundando naquele chão de terra batida, ela estava morrendo e não sabia.
Queria ter forçar para se levantar e sair pelo mundo esbanjando risos e brincadeiras, como fazia de costume, mas não, desta vez não. Ela não podia mais.
Passou o dia inteiro procurando uma direção, um buraco para se enfiar e não sair mais de lá. Passou o dia inteiro querendo ir embora, mas sem saber onde ficar.
Se sentia um peixinho, nadando pela imensidão do mar.
Se sentia sozinha, sem um telefonema, sem alguém para chegar de repente e dizer que a ama e que a companhia dela é importante por demais. Não chegava há tempos.
E assim foi superando mais uma tarde, engolindo as palavras que ouvia, a ignorância que lhe presenteavam e o desprezo que lhe era entregue de badeja.
E no final do dia já estava aos cacos, jogada na cama, praticamente sem vida, apenas com dor.
Ela queria o vôo de um pássaro, um pássaro em extinção. Queria se proteger na sombra de suas asas, queria poder voar sem direção.
Então ela ligou pra ele, e lá estava o seu suporte. Acordando para levantar vôo, o abutre que a protegia o tempo inteiro, mesmo sem saber. Era tudo o que ela queria, ouvir a voz de alguém especial, e ouviu.
O amigo que chegou de repente, pediu uma cerveja e deitou em seu coração, ele era tudo o que ela precisava.
Alguém que a fizesse sentir bem, apenas isso. Que a fizesse rir, que contasse estórias interessantes, sobre o passado dele que é de longe magnífico.
E o chão começou a se formar por debaixo de seus pés, ela queria tudo e tudo estava ali, do outro lado da linha, dizendo que tudo ia ficar bem.
Ela queria alguém e o alguém estava ali, do outro lado da cidade dizendo que já tinha passado por isso também e que tudo ia dar certo, dizendo que ainda não tinha acabado e que daqui há 10 anos ela ia ver que tudo isso valeu a pena.
Ela quer que daqui há 10 anos ela esteja rindo desta situação e se ela ainda estiver inteira, se ela estiver viva e com cada órgão e sentimento no lugar, ela deve grande parte a ele, que acreditou que ela conseguiria.
Ela mandou dizer que estaria sentindo o mesmo vazio se não fosse por esse cara, mandou agradecer a ele por todos os momentos incríveis e as palavras de conforto que ele lhe deu e pelos conselhos que ela nunca ganhou, pela atenção que ele lhe deu e pela confiança que ela aprendeu a depositar nele. Por tudo o que ele já disse à ela e que ela nunca havia ouvido de ninguém. E finalmente, ela havia se sentido alguém, depois de uma tarde tão angustiante.

Allyson. (LLLLL)





P.S.: Ela te ama. :*

2 comentários:

Allys Men disse...

pronto...
agora foi!
kkkkkkk
sem palavras
enfim... se tiver xorando, lig pra mim!
viu?
bjin! ;)
(deveria acabar por aki esse coment)
pra rimar com rins
porque ñ tô perto d qm come capim
apois eu é q num vô ficá burrin
mai só qro uma coisa desses peitin
q é tão lindin
q nem qnd é bem d tardin
e a gente óia o vôo dos passarin
sem eles se queimá na frente do solzin
axo tão bunitin
sas duas coisin
q d tão grande quase bate ni mim
e esse bixin q bate tão assim
tão perfeitin
q mai parece o balançado duma frô de jasmim

kkkkkkkkkkk
matutês life style
bjos

Alessandra Ribeiro disse...

Um serzinho realmente fantastico e em extinção...tenho tanto medo que ele se acabe!!!

Ai eh amigo eterno!!!

:**