quinta-feira, 13 de março de 2008

Me construa.

Esse clima de chove, não chove, só me atordoa mais.
Em cada gota que cai encontra-se uma confusão formada na minha cabeça. De fato, eu só queria saber se você tem pelo menos um pouquinho de medo de me perder, só um pouquinho, um tiquinho de nada.
Se por acaso não dá aquele friozinho quando eu deixo no ar umas palavrinhas que só você entende.
Acho que não, hein.
Terrivelmente belo como você me dói de vez em quando, ou de vez em sempre.
Implicantemente ameaçador o vento gélido que entra pela janela e me congela as pálpebras e me faz bater os dentos só para eu não admitir que eu tenho, eu tenho muito medo de perder você. Desculpa se eu não aceito a condição de não ter você só pra mim. ô vida! ó céus!
Mas está aí uma condição sem acordo nenhum.
Amedrontada e orgulhosa nem quis esperar, destruí tudo em dois segundos e agora, o que restou de mim?
Palavras.
E nesse caso, o resto não é resto.
E são essas palavras que me mantêm de pé, ou no mínimo com olhos abertos e o coração em pulsação lenta, ou rápida, tanto faz. Elas me mantêm e .
As coisas precisam ser resolvidas e diga-se de passagem que isso está um pouco longe de acontecer.
E cá estou espalhada pelo chão, e você é ótimo em quebra-cabeças, até melhor que eu. Então pegue cada peça e coloque em seu devido lugar, me contrua como eu não posso fazer sozinha.
No entanto, volte pra cá e faça dos meus dias, os dias mais felizes. Como você já está acostumado a fazer.
Sem você, os dias são vazios, as noites são sombrias e um cigarro só não me satisfaz.
No mais, o que eu mais quero, é que isso passe. Isso passa.

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