quarta-feira, 14 de maio de 2008

Bye, bye, baby.


Ainda não era hora de ir
Nem tinha graça vê-lo ir
- Eu quero ficar. – Ele dizia.
Tão cativante, tão amável, paz contínua
Ainda não era hora de ir, ele podia ficar
Ele foi.

E que demora para voltar
Então deixa eu me erguer, cansa esperar
Demora longa para voltar
Então deixa eu ir embora sem ninguém ver
Ou abrir a janela e deixar a frieza entrar
E deixá-la me congelar
Me congelar, me congelar
E me transformar em uma pedra de gelo por inteiro
O corpo inteiro, no espelho
No quarto, na sala, no banheiro, na festa sem fim
No fim sem início, início sem fim, assim.


Ainda não era hora de ir
E teria muita graça vê-lo ficar
Dramatizando, criando, fingindo
Não vou mais esperar.


Então largue meu copo, minha caneta, meu papel
Me deixe descrever sua partida
Só de ida, só de ida
Levando o que eu falei e fui pouco compreendida
Até a hora que não era para ir e acabou indo
Sem pressa para voltar
Então me deixe pentear o cabelo, calçar a sapatilha
Me deixe ir sem seguir a trilha
Que ele largou pela janela, quando foi
Sem precisar ir.

Nenhum comentário: