quinta-feira, 29 de maio de 2008

I love you, baby.

Queria eu ter tido algum Patrick Verona na minha vida, e eu seria a Katharina Stratford.
Com direito à declarações em quadra de esporte, cabelo sujo de tinta, peitos de fora e tudo dando certo no final.
Queria poder resumir as coisas que eu odeio em você em apenas 10, ou apenas uma (Tudo.), mas enquanto "10" é muito pouco, "tudo" é menos ainda.
Você poderia ser menos convencido, menos estúpido, menos tímido, menos exagerado.
Poderia beber menos e parar de roncar durante a noite, não sei como isso nunca me irritou. Creio que porque o amor além de ser cego, é surdo também.
Você poderia ser mais cauteloso, menos ingênuo, mais pontual, menos paranóico, mais educado, menos fingido. Sim, poderia ser bem menos fingido.
Poderia parar de fumar FREE, até um Hollywood é melhor que isso. Poderia parar de beber Dreher, bebida quente é mais nojenta que gelada.
Poderia parar de resmungar, de salientar que você agora tem uma namorada e principalmente parar de deixar transparecer que você não está dando a mínima pra ela. Poderia ser menos imbecil. Acho que nessa opção, você sofreria para se superar.
Poderia ser mais cuidadoso, menos desastrado e parar com essa mania estranha de trocar a vida por uma cadeira, um computador com internet e um mouse, vai criar raízes aí onde você está sentado.
É esquisito como eu me sinto estranha às vezes, como eu me pego pensando em você e finjo para mim mesma que não pensei. Pois é, eu também finjo. Mas é mais esquisito ainda ver que você me afeta bem menos agora. O que a meus olhos, é algo bem gratificante, por sinal. Não faço mais questão de esbarrar com você sem querer, nem de olhar suas fotos dia-a-dia, nem faço questão de saber se você está on-line ou se você se curou da virose. Pouco me importa. Meu zero à esquerda está sendo substituído aos poucos, e imagina por quem? Por você, meu bem.
Aquele que apostou todas as cartas na sorte, que foi convencido do início ao fim e que é o único que não quer enxergar que o jogo acabou. Acabou, baby. O jogo acabou.
Eu odeio as esperanças que você me deu, odeio seus sorrisos que acendem a luz do meu quarto, odeio ouvir Change do Deftones e lembrar que era a sua preferida.
Odeio o par de sandálias que você esqueceu aqui e eu não quero nunca jogar fora, odeio as lembranças, essas eu odeio muito mais que tudo isso.
Odeio a dor de cabeça e o mal estar que dá quando alguém diz seu nome, odeio sua falta de palavras, sua ausência de calor, sua jogada mal jogada na mesa de bilhar, o tal do Pulo do gato.
Odeio, odeio, odeio muito ter te encontrado um dia, odeio ter te conhecido bem e ter-lhe deixado me conhecer também, nós poderíamos ser apenas colegas de shows.
Odeio o jeito que você me evita em vão, eu não quero te ver, presta atenção.
Odeio você me olhar com desprezo, você não é melhor que eu como pode arriscar que é, cuidado com determinados olhares.
Odeio sua falta de auto-estima, sua teimosia, sua chatisse, sua ironia, seu jeito de falar xaradinhas e achar que eu não vou entender, eu sempre entendi, você deveria ter parado com isso.
Odeio ter que odiar você só porque você foi infantil demais para um rapaz de 19 anos e me fez sentir um lixo por uma semana ou duas.
Odeio o quanto você é hipócrita, o quanto você é pequeno quando se trata de Amor, sinceridade, coragem.
Odeio, odeio muito mesmo o fato de você insistir nos mesmos erros, mesmo depois de cair de cara no chão e ter certeza que está no caminho errado, odeio lembrar que você me fez me sentir tão menor, tão menos valente, menos forte, eu nunca fui.
Como você me fez acreditar que eu não valia aquilo que eu realmente valia, mesmo que por um segundo ou dois, ainda bem que agora aos 18, tenho uma personalidade formada como você nunca teve e se alguma vez chegou perto de ter, deixou ser desmanchada pela mancha roxa que suja a sua mente, essa mente que não serve para nada.
Odeio seu jeito de cantar, de andar, de falar, de calar, de levantar, de dormir, de acordar, de tomar banho, de calçar o tênis, de atender o telefone, de não atender ao telefone, de segurar o celular, de secar o cabelo, de não me amar, de dizer que me ama e me tratar como se eu acreditasse nesse faz-de-conta.
Odeio odeio odeio odiar suas manias odiáveis que sempre me atraem.
Odeio ser hipócrita também.

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