quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Eu quero um sono de Morfeu.

Porque eu estou cansada das suas mentirinhas, dos telefonemas que não recebo, dos telefonemas que recebo. Da novela que não acaba nunca e que a protagonista sou eu.
Cansada de esperar mais um mês, dois meses, seis meses pela segunda, terceira, milésima vez.
De ver atores talentosos morrendo ou quase morrendo por terem drogas no sangue e precisarem disso para que ele continue a circular, como o Heath Ledger, o Brad Renfro, o Macaulay Culkin.
Cansada na verdade de lembrar de todos, o tempo todo, e esquecer de mim, o tempo todo também. De ter que conviver com certas coisas erradas e não poder fazer absolutamente nada, ou quase nada.
De achar que o tempo vai acabar em breve e de achar que estou correndo rápido demais, meu eterno inimigo que me confunde sempre, o tempo todo, o tempo.
De querer que você goste de mim metade do que eu gosto de você, cansada dos sorrisos por todos os lados quando eu estou desmoronando por dentro, desmoronando. Cansada das mesmas piadas, dos mesmos lugares, das mesmas lágrimas que nunca fogem, nunca fogem.
Cansada das mudanças de planos repentinas, das mudanças de idéias e mais cansada ainda da falta de idéias e não poder mudá-las. Muito cansada das complicações inexplicáveis, de querer deitar e morrer nesse texto, no texto de ontem, de anti-ontem e com certeza, no de amanhã.
Dos bons tempos que eu queria que repetissem, que eu ainda quero que repitam de uma maneira um tanto quanto espetacular, melhor que o original. Da insensibilidade das pessoas, da maneira de fugir da dor que alguns têm e da facilidade de causá-la que outros têm.
Cansada.
Das mesmas perguntas, de ir sem querer ir, de olhar você ir sem querer que você vá, da sua indecisão e principalmente da sua decisão, aquela que não me deixa dormir durante a noite, durante toda a noite.
Cansada de escrever o tempo inteiro por não ter com quem conversar de uma maneira que não me interrompa no meio da conversa, de uma maneira que eu não canse e não queira parar, ou não querer conversar, ou não saber conversar. De fingir que está tudo tão bem, mesmo quando não está, definitivamente não está. De sorrir sem querer sorrir, de abraçar sem querer abraçar, de viver assim, sem você aqui, sabe?
Cansada.
Cansada de tanta coisa que me maltrata, me machuca e eu achar que isso TAMBÉM vai passar, é só esperar. Mesmo que quando eu pare e olhe de outro ângulo, eu tenho a absoluta certeza de que isso é contínuo, não vai acabar.
Eu não quero mais esperar, eu estou cansada de esperar, de lutar TANTO e ver que foi tudo em vão, que não obtive resultado positivo algum.
Talvez amanhã, talvez depois de amanhã eu queira isso tudo de novo, mas hoje NÃO.
Estou cansada dos seus medos, de ver você fazer a escolha errada e ter que dar um sorriso simplório e dizer que tudo bem, que isso não me afeta tanto. Isso me afeta tanto.
"Por que o amor não é suficiente?"
Estou cansada do amor insuficiente, ou suficiente o suficiente para ser mantido de lado, como se fosse ficar ali esperando você voltar. Estou, acima de tudo, cansada de mim, estou cansada de você.

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