quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Caminhos que levam à Lugar Nenhum.

Sempre, sempre entorpecido, seja por maconha, Rivotril, Diasepan ou qualquer outro remédio que tenha tarja preta na caixa e diga na bula para não misturar com bebida alcóolica.
Está SEMPRE fora de si, bêbado, sendo preso, rindo de nada, tropeçando nos degraus que não existem, nas pedras que não têm, está sempre assim, largado.
Eu gostaria, gostaria mesmo de tirá-lo dessa vida, pentear o cabelo dele e jogar fora todas as garrafas de vodka e os baseados espalhados pelo quarto dele. Gostaria, mas ele é tão teimoso, caro leitor, TÃO teimoso que dá até desgosto tentar.
Está sempre morto demais pra morrer, cansado demais pra correr, está sempre pesado demais pra dormir. Ele nem tem mais tanta força, nem sabe mais qual a banda preferida e mal lembra do próprio nome por completo, acredite.
E eu gosto tanto dele, por mim o veria todos os dias, o dia todo, mas ele passa maior parte do tempo se dopando, trancado no banheiro ou deitado em qualquer lugar. Acho que ele nem sabe em que mês estamos, desligou-se da vida.
No entanto, vale a pena arriscar uns pontos nele, afinal ele nunca me esqueceu.
Por mais dopado que estivesse, por mais bêbado que estivesse, quando ele me via, me vê, ele vai até mim e me abraça, sem exitar.
Eu queria que ele resistisse à todas essas químicas estúpidas, queria que ele se curasse, mas só tem balas de doce na carteira, ecstasy no bolso, Lexotan no banheiro, cocaína no prato e potenay na seringa. Nada é normal por ali. Eu queria que ele se curasse, queria mesmo.
No mais, isso passa. Ou não passa.

Diego. [LLLLLLLLLLLLLLL] =[

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